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sábado, 16 de junho de 2018

Sucessão Presidencial


Do ponto de vista político , o governo Dutra foi melancólico . Já no
final de 1946, Vargas retirou o apoio concedido ao presidente e
ocupou-se no fortalecimento do PTB , com vista na sucessão
presidencial. A partir da metade do mandato , a agenda política foi
atropelada pela sucessão. Vargas lançou-se candidato pelo PTB, o
terceiro partido do país em número de parlamentares , em aliança , com
o Partido Social Progressista (PSP) , do governador Ademar de Barros.
Para a aliança ficara combinado que, uma vez eleito , Vargas apoiaria
Ademar para sua sucessão . Era a união dos dois maiores líderes
populistas daquela época. O "pai dos pobres" , símbolo da nação
durante o Estado Novo ,  e o "tocador de obras" , popularizado pela
máxima "aos amigos tudo , aos inimigos a lei! E autodefinido pela
expressão "rouba mas faz". Era uma dupla e tanto. O presidente Dutra
recusou-se a apoiar Getúlia e lançou a inexpressiva candidatura do
mineiro Cristiano Machado , pelo PSD. Pela UDN , que relutava em
participar das estratégias populistas , concorria novamente o
brigadeiro Eduardo Gomes . Em meio à campanha , o brigadeiro declarou
ser favorável à extinção do salário mínimo , uma medida impopular. As
eleições de 1950 incendiaram o país. A marchinha de campanha de Vargas
virou sucesso nacional : "Bota o retrato do velho outra vez/Bota no
mesmo lugar/ sorriso do velhinho fez a gente trabalhar". As palavras
do extraordinário orador da UDN, o deputado Carlos Lacerda, também
fizeram sucesso : "O Senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato à
presidência . Candidato , não deve ser eleito . Eleito , não deve
tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de
governar".


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