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segunda-feira, 18 de junho de 2018

A Crise Econômica


Ao mesmo tempo em que ocorria uma escalada das pressões sociais e novas
formas de organização popular disseminavam-se pelas cidades e pelo
mundo rural. As tensões verificadas ao longo da década de 1950
evidenciavam uma profunda crise , que não decorria das ações dos
governos que se sucederam : tratava-se do gradativo esgotamento do
regime e do modelo econômico de substituição de importações. As
tentativas golpistas que procuraram impedir a posse de Vargas e de
Juscelino Kubitschek, e a crise de 1954 expuseram a precariedade do
equilíbrio institucional. Acentuou-se o enfrentamento das forças
sociais, em virtude da ampliação das pressão populares sobre o Estado,
colocando em xeque o compromisso político-social que lhe dava
sustentação. A forte aceleração econômica, calcada na expansão da
indústria de bens de consumo duráveis , promovida pelo governo JK.
Havia deixado como herança o descompasso entre o crescimento
industrial e a produção agrícola. O rápido aumento da população urbana
e de sua demanda , além da desorganização de determinadas áreas
agrícolas , acabou por redundar em seguidas crises de abastecimento e
inquietações sociais generalizadas.  Por outro lado, o financiamento
do Plano de Metas ampliou o endividamento externo e o déficit
orçamentário da União, coberto por emissões monetárias que ocasionaram
elevados índices de inflação. O crescimento desigual dos diversos
setores da economia e das várias regiões consolidou o processo de
concentração de renda , estimulando a onda de reivindicações sociais.


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