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quinta-feira, 21 de junho de 2018

O Sistema Nervoso Periférico


O sistema nervoso periférico é composto pela intensa rede de nervos que partem do SNC e se distribuem por todo o corpo (nervos motores) e de nervos que vêm de todas as áreas do organismo e convergem para o SNC (nervos sensitivos). Naturalmente , existem nervos mistos, cujas características incluem as de ambos os tipos mencionados anteriormente , isto é , conduzem as ordens do SNC para os diversos pontos do corpo e , ao mesmo tempo, transmitem as percepções sensoriais desses mesmos pontos para o SNC.  Podemos , então, dizer que o SNP (sistema nervoso periférico) compreende todos os nervosos do nosso corpo. Muitos desses nervos têm a sua atuação na dependência da vontade do indivíduo , revelando ação volutária. Esses nervos motores de ação voluntária , juntamente com os nervos sensitivos (que permitem ver , ouvir , sentir dor , cheiro , gosto , calor ou frio etc.) , oferecem ao indivíduo a possibilidade de se relacionar com o meio ambiente.  Por isso , eles formam o que podemos chamar de sistema nervoso da vida de relação. Este sistema contrasta com um outro grande número de nervos que atuam sem a consciência ou a vontade do indivíduo , regulando a atividade de inúmeros órgãos , como o coração, o estômago , os intestinos , os movimentos do diafragma , as secreções das glândulas salivares , o diâmetro das pupilas etc. Esses nervoso de ação  involuntária , que trabalham sem a pessoa sequer suspeitar , formam em conjunto o sistema nervoso autônomo ou sistema nervoso da vida vegetativa. Existem lesões que destroem áreas do SNC , anulando completamente a atuação do sistema nervoso da vida de relação , mas deixando inato o sistema nervoso da vida vegetativa . Quando isso ocorre , a pessoa deixa de ter relação com o mundo que a rodeia e passa a uma vida estritamente vegetativa (os órgãos funcionam bem, mas o indivíduo parece não sentir mais nada, nem responde aos estímulos externos).  É comum chamar-se o sistema nervoso da vida de relação de sistema nervoso somático , o que não nos parece muito lógico , uma vez que o  sistema nervoso autônomo, atuando sobre as diversas partes do corpo, é , consequentemente, também somático. O sistema nervoso da vida de relação compreende nervoso que se originam diretamente no encéfalo (particularmente, no cérebro , no cerebelo , na ponte ou protuberância , e , mais numerosamente , no bulbo) e nervos que se originam na medula raquiana. Distinguimos , então, os nervos cranianos e os nervos raquianos , respectivamente. Denominam-se nervoso cranianos aqueles que nascem diretamente do encéfalo. Nos mamíferos , eles são em número de 12 pares (em outros vertebrados , encontram-se apenas 10 pares). Alguns são sensitivos ; outros , motores ; outros , ainda , são mistos.  Todos são catalogados por números. Muitas vezes , faz-se referência a um determinado par pelo seu número , e não pelo seu nome. Assim, torna-se obrigatório o conhecimento dos 12 pares de nervos cranianos pelos seus números de ordem. Todos eles atuam sobre órgãos e músculos da cabeça e do ombro. Apenas o pneumogástrico ou vago se dirige para o interior do tronco e inerva as vísceras , como o coração , o estômago, o intestino e outros órgãos. Aliás, esse é o único par craniano que tem atuação involuntária , pertencendo , portanto , ao sistema nervoso autônomo. Os nervos raquianos nascem todos da medula raquiana , mas dirigem-se para pontos diversos do corpo , como braços , tronco e pernas. Compreendem 31 pares e são todos mistos , isto é , transmitem sensações da pele e dos órgãos para a medula , como transmitem as ordens motoras desta para os músculos.  Cada nervo raquiano contém fibras sensitivas , que trazem para a medula percepções sensoriais de uma região do corpo , e fibras motoras , que levam da medula estímulos motores para essas mesmas regiões. Os nervoso raquianos emergem da medula por meio de duas raízes - raíz anterior e raiz posterior - , as quais se juntam logo adiante formando o nervo propriamente dito. As raízes posteriores (com fibras sensitivas) são aferentes em relação à medula , pois conduzem o estímulo no sentido dela. As raízes anteriores (com fibras motoras) são eferentes em relação à medula , pois levam estímulos que se afastam dela. Portanto, na sua maior extensão, cada nervo raquiano encerra fibras sensitivas e fibras motoras e procede como uma "estrada de mão-dupla" . Pelas fibras sensitivas vêm os estímulos de percepção e pelas fibras motoras vão as ordens de comando. O estímulo sensitivo é captado por receptores, na pele. As fibras sensitivas do nervo raquiano conduzem o impulso nervoso até a medula , penetrando-o por uma raiz posterior. Na massa cinzenta , há um neurônio de associação ou de transição. O impulso passa pela sinapse que existe entre o neurônio sensitivo (cujo corpo fica no gânglio espinhal) e o neurônio de transição . Deste , o estímulo prossegue , passando por outra sinapse . Para o neurônio motor , cujo corpo também se localiza na massa cinzenta , indo , contudo , o seu axônio integrar a raiz anterior. Da reunião das duas raízes resulta o nervo raquiano.  As fibras motoras (axônios) vão terminar em músculos.

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