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domingo, 17 de junho de 2018

Segundo Postulado : Princípio da Constância da Velocidade Da Luz E A Relatividade Da Simultaneidade


Nesse postulado Einstein sustenta a ideia de que a velocidade da luz
no vácuo possui o mesmo valor em qualquer sistema de referência
inercial. Por luz entenda-se qualquer radiação eletromagnética que
possui a velocidade). O valor da velocidade da luz no vácuo é
considerado como um limite universal, intransponível. Nenhum corpo
pode , em situação alguma , se mover com uma velocidade superior à
velocidade da luz no vácuo. Essa constância da velocidade da luz
aparece como uma tentativa de explicar o resultado do experimento
realizado com o interferômetro de Michelson e Morley (repare que o
éter nem é mais mencionado). Uma das consequência mais curiosas dessa
postulado , que passaremos a descrever a seguir , ocorre quando
tentamos dizer os dois eventos ocorreram ao mesmo tempo ou não. Embora
a velocidade da luz no vácuo seja um limite físico que não pode ser
ultrapassado , uma partícula pode se mover mais rápido do que a luz se
moveria no interior de um material . Ao leitor curioso , sugere-se uma
pesquisa sobre um fenômeno chamado radiação Cherenkov.  Ao contrário
do que acontecia quando se examinava um determinado acontecimento sob
a óptica newtoniana , ponto de vista da Teoria da Relatividade de
Einstein é improvável que os dois observadores concordem acerca  do
instante de tempo em que ocorreu um evento a que estejam assistindo.
Para exemplificar essa afirmação , vamos considerar a seguinte
situação hipotética: Considere duas naves. Em uma delas encontra-se
João e na outra , José. Em nosso modelo, essas naves servirão como
referenciais inerciais tanto para João quanto para José , que serão
observadores do evento e estão em repouso em relação às suas
respectivas naves. Vamos considerar uma situação em que a nave de José
esteja parada e a de João esteja viajando numa velocidade igual à
metade da velocidade da Luz , ambas as afirmações em relação ao nosso
referencial. Considere as duas naves alinhadas no tempo T = 0.  Nesse
mesmo instante , ainda segundo o nosso referencial, ocorrem
simultaneamente duas explosões de estrelas (supernovas), uma à direita
e outra à esquerda das naves de José e de João, e, no instante
inicial, a distância entre qualquer uma das naves e qualquer uma das
estrelas é igual. A explosão estelar da esquerda produziu uma luz de
coloração avermelhada e a da direita produziu uma luz verde. Como José
estava em repouso na nossa observação , para ele a explosão das
estrelas aconteceu realmente ao mesmo tempo, já que a luz das
explosões , vermelha e verde , chegou no mesmo instante até seus
olhos. João, que estava em movimento  em direção à explosão da estrela
verde verá a explosão dessa estrela primeira , isto é , verá a luz
verde e depois a luz vermelha. Assim, podemos afirmar , após observar
os eventos José e João, que a simultaneidade é relativa, pois,
enquanto José viu as duas explosões ao mesmo tempo , João percebeu
primeiro a explosão da estrela verde e depois , a da vermelha . As
descrições de José e de João não Coincidem , mas os dois estão
corretos , pois essa aparente contradição apresentada pelos dois
decorre da relatividade da simultaneidade. A ideia de dois eventos
serem simultâneos ou não depende de quem faz a observação. Nesse
exemplo , apenas para efeitos didáticos , desconsideramos a influência
do efeito Doppler na cor das explosões , que seria observado pelo
passageiro da nave em movimento.


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