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terça-feira, 19 de junho de 2018

O Império


Os romanos gostavam de ver representados em imagens. Desde os primeiros tempos da república os chefes políticos e militares eram glorificados com estátuas em lugares públicos. À época do Império , o estilo romano de monumentalidade atingiu seu apogeu. Rugas fielmente reproduzidas e acentuadas com a intenção de colocar em evidência um tipo de caráter que os romanos valorizavam : austeridade e rudeza. É a imagem de um homem de autoridade em que as rugas parecem conter uma história pessoal inconfundível. O que faz lembrar a famosa frase de escritor romano Virgílio : "sou humano e nada humano é estranho a mim". Os imperadores no entanto queriam ir além do humano, queriam estar acima do bem e do mal. Num primeiro olhar à escultura de Otávio Augusto ficamos em dúvida se ela representa um deus ou um ser humano. Ela pretende ser as duas coisas. Quer falar da aura de divindade do imperador em um corpo idealizado de um herói.  Trajes de textura tão impressionante que parece real , uma couraça cheia de alegorias e olhos de expressão inspirada. Esta imagem, que todos os imperadores buscaram por diferentes caminhos , de um imperador que paira sobre os homens , logo ganhou, em moedas e esculturas , a condição de símbolo nacional.  O senado deu a Otávio o título de Augusto , divino entre os homens. Os magistrados ainda eram eleitos e as assembleias ainda se reuniam ; o Senado administrava certas províncias , controlava-lhes as finanças e era ouvido por Otávio , mas deixara de ser autoridade central do Estado romano. Tornara-se submisso aos sucessivos imperadores.

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