Pode-se pensar que os parasitas sempre têm uma ação rápida e mortal sobre os seus hospedeitos , o que não acontece porque isso também os levaria à morte juntamente com aqueles que os alimentavam e lhes garantiam a reprodução e , portanto , a sobrevivência da espécie. Desde a infestação até o término do ciclo vital dos parasitas - em todas as fases , de larvas a adultos - , as suas ações podem causar no corpo dos hospedeiros inúmeros efeitos prejudiciais , desde um simples incômodo , caso dos ectoparasitas , até problemas mais graves , que podem ser letais. Os parasitas podem provocar obstruções intestinais (lombriga) e linfáticas (filárias) ; perfurações na pele e em órgãos internos (esquistossomo e ancilóstomo , causador do amarelão) ; ulcerações (ameba e leishmania); necrose de tecidos , por ação enzimática ; irritação de mucosas , prurido e coceira (larvas da lombriga e oxiúro); ação tóxica (lombriga e bactérias) ; espoliação , com enfraquecimento e anemia (ancilóstomo e plasmódio, da malária) ; febres (bactérias , vírus e malária) ; infecções locais ou generalizadas (bactérias e fungos). ¤Microbiologia : Os intrigantes príons são partículas infecciosas constituídas apenas por proteínas filamentares. Não são seres vivos pois , ao contrário dos vírus , não apresentam DNA ou RNA ; são codificados a partir de genes especiais e não induzem a produção de anticorpos . Podemos , então, falar em proteínas príons , sintetizados em quantidades normais nas células infectadas e não-infectadas. Os príons de células normais são sensíveis à protease e os das células infectadas são resistentes a essa enzima. As células cerebrais infectadas apresentam partículas típicas , também relacionadas a várias doenças de evolução lenta. No ser humano, é o caso da doença de Creutzfeldt-Jakob , e no gado , da célebre doença da vaca louca que, em 2001, acarretou enormes prejuízos à pecuária europeia , com o sacrifícios de milhares de animais.
