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sexta-feira, 24 de maio de 2019

A Reforma de Lutero


Era bastante ruim a situação da Alemanha, no século XV.  Sem um poder centralizado, dividida entre vários senhores feudais e praticando uma economia agrária, custava a desenvolver-se economicamente. O povo  estava esmagado pelos tributos feudais e o dízimo. A igreja recolhia ali inúmeros impostos e era proprietária de grandes extensões de terras . A única consolação do povo era a fé. Mas como acreditar numa igreja que vendia os cargos eclesiásticos a quem pagasse mais e que não escondia os filhos ilegítimos dos "celibatários" sacerdotes? E, pior do que tudo: oferecia o perdão dos pecados através do pagamento de bulas que comprovavam a absolvição do Papa (indulgência). A indignação aumentou quando o monge Tetzel foi à Alemanha para a venda de bulas, no intuito de arrecadar mais dinheiro para a construção da basílica de São Pedro. Martinho Lutero, monge alemão, criticou os abusos de Tetzel e começou a denunciar publicamente a corrupção da igreja romana. A preocupação de Lutero era com a salvação da alma, mas, perseguido e ameaçado de excomunhão, não recuou e expor suas ideias na catedral de Wittenberg (As 95 teses de Lutero). Lutero, contrário à doutrina adotada pela igreja romana de que o homem se salva pelas boas obras, adotou as ideias de Santo Agostinho, "o homem se salva pela fé". Propôs uma igreja mais simples, onde o evangelho fosse discutido pelos fiéis que teriam a bíblia traduzida no seu próprio idioma (o próprio Lutero traduziu a Bíblia para o alemão). Também era contrário ao celibato clerical e favorável a que as terras da igreja passasse a pertencer ao estado.  Sua doutrina diminuiria consideravelmente o poder da Igreja e de seus sacerdotes.


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