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terça-feira, 28 de maio de 2019

Cocaína


A  cocaína é uma substância natural,  extraída das folhas da Erythropxylon Coca ,  uma planta encontrada exclusivamente na América do Sul. É utilizada no Brasil desde o início do século XVIII. Em épocas passadas, era muito empregada como anestésico típico em cirurgias oftalmólogicas e otorrinolaringológicas , possuindo propriedades vasoconstritoras. O uso das folhas de coca pra fazer chá é bastante comum (e legal) em alguns países de altitude elevada, como a Bolívia e o Peru. Este conta com órgão do governo, o Instituto Peruano da Coca, cuja função é controlar a qualidade das folhas vendidas no comércio. Sob a forma de chá, pouca cocaína é extraída das folhas, e menor ainda a quantidade absorvida pelos intestinos. A pouca cocaína que passa para a corrente sanguínea dessa forma é levada ao fígado, onde é metabolizada antes de chegar ao cérebro, portanto,  utilizada dessa forma, não causa prejuízos ao organismo. Quando extraído das folhas por meio de processos químicos que envolvem substâncias bastante ativas (como solventes orgânicos e ácidos e bases fortes), a cocaína se apresenta na forma de um sal, o cloridrato de cocaína, com 90% de pureza. Utilizada dessa forma (ilegal) a cocaína tem um efeito devastador sobre o organismo humano. Em termos farmacológicos a cocaína é um estimulante, provoca hiperatividade, excitação, insônia, perda da sensação de cansaço e falta de apetite. Torna os reflexos mais rápidos, embora também cause a perda de controle das atitudes. Os efeitos iniciais de bem-estar que ela provoca geram no usuário uma compulsão incontrolável para utilizar a droga repetidamente (fissura) e a aumentar cada vez mais a dose da droga na busca de efeitos mais intensos. Doses maiores, porém, geram comportamento violento e agressivo, irritabilidade, tremores e paranoia (desconfiança de tudo e de todos, sensação de estar sendo perseguido e vigiado). Às vezes também pode provocar alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de "psicose cocaínica". Fisicamente podem ocorrer dilatação das pupilas, que deixa a visão embaçada, dor no peito, contrações musculares, convulsões, elevação da pressão arterial, taquicardia e coma.  O uso crônico da cocaína pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, conhecida como "rabdomiólise". Doses muito elevadas podem provocar parada cardíaca por fibrilação ventricular ou morte pela diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração. A cocaína e todos os seus derivados (pasta de coca, crack e merla) e induzem a tolerância, ou seja, com passar do tempo, usuário necessita de doses cada vez maiores da droga para sentir os efeitos de bem-estar inicial. Paralelamente à tolerância, os usuários de cocaína também  desenvolvem sensibilização , ou seja, basta uma pequena dose da droga para desencadear seus efeitos mais desagradáveis, como, por exemplo, a paranoia. Não há uma descrição padrão para síndrome de abstinência. O usuário apenas fica tomado de um grande desejo de usar a droga novamente (fissura). Ocorre que a fissura provoca o sofrimento psicológico tão grande que pode levar o usuário a tentar o suicídio caso não consiga a droga naquele momento.

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