Na Europa medieval, a fé das pessoas era grande, mas a força da igreja se devia sobretudo à sua organização e riqueza. Desde os tempos do império romano, a igreja possuía uma hierarquia que, no decorrer da idade média, foi sendo pouco a pouco aperfeiçoada. O posto mais alto era ocupado pelo bispo de Roma, que, no ano 455, afirmou ser o sucessor do apóstolo Pedro e passou a se chamar Papa. Abaixo do papo estavam os bispos . Os bispos dirigiam a diocese, ou seja, um conjunto de paróquias. Nos tempos medievais, o bispo era uma figura tão importante que, se o seu povoado estivesse em perigo, ele assumia a direção. Abaixo dos bispos estavam os padres ou párocos. Pároco era o dirigente de uma paróquia, isto é uma capela e um grupo de fiéis. Os padres, bispos e o Papa estavam em contato direto com a comunidade ao contrário dos monges, que escolheram viver isolados em mosteiros, dedicando-se às orações, aos estudos e as artes. A força da igreja estava também na sua riqueza. Nos primeiros séculos da Idade Média a Igreja foi enriquecida rapidamente por causa das doações de terras e de dinheiro que recebia dos fiéis. Era comuns bispos terem a posse de vários feudos com centenas de servos. Segundo os historiadores, na Idade Média a Igreja era a maior proprietária de terras do ocidente europeu. Isto numa época em que a principal fonte de riqueza era justamente a terra. É preciso lembrar também que o clero não perdia bens nem por motivo de casamento, nem de herança, nem em torneios , como ocorria com a nobreza medieval. Os membros do clero católico, como se sabe, não podiam se casar. Em caso de morte, seus domínios territoriais continuavam pertencendo a igreja.