As consequências sociais foram a rápida urbanização e exploração do operariado. A urbanização se iniciou com a migração forçada para as cidades , uma vez que os cercamentos reduziram à pobreza e ao desemprego grande número de camponeses. A esses trabalhadores, praticamente expulsos de suas terras, só restava procurar empregos nas indústrias recém-instaladas cujos patrões, aproveitando-se da grande mão de obra disponível, pagava reduzidos salários, explorando ao máximo os operários que trabalhavam em condições sub-humanas. A exploração desenfreada provocou inúmeras revoltas entre os trabalhadores que começaram a se organizar em associações com o objetivo de estabelecer leis que limitassem a jornada de trabalho e melhorassem as condições oferecidas pelos patrões nos locais de trabalho. A contínua ascensão da burguesia industrial inspirou, nos países europeus, o desejo de maior participação nas decisões do Estado o que contrariava os princípios do absolutismo. A elite queria governos liberais (parlamentaristas ou republicanos) de modo que pudesse atuar amplamente. A modernização não se limitou aos setores produtivos. Em 1844, Samuel Morse inventou o telégrafo que revolucionou o sistema de comunicações. A utilização do vapor deu início a pesquisas que tinham o objetivo de melhorar o transporte e torná-lo adequado ao aumento populacional. Em 1807, o americano Robert Fulton aplicou vapor nas embarcações, modernizando e aumentando o transporte fluvial. Na Inglaterra, surgiu a primeira locomotiva a vapor, construída por Stephenson em 1825 e logo adotada por outros países. A comunicação europeia se fazia através de extensas redes ferroviárias.