No século XVIII , as ideias políticas, econômicas e sociais que marcaram a transição do feudalismo para a idade moderna estavam em acelerada decadência. As propostas dos iluministas que beneficiavam a burguesia encontravam cada vez mais seguidores. Na economia, o intenso desenvolvimento comercial provocou a expansão dos mercados consumidores e, por consequência a necessidade de aumentar a produção para atender ao consumo. O papel do Estado como administrador da ordem econômica através da política mercantilista passou a ser questionado. A elite desejava o fim da política de monopólios. O poder do rei deveria ser limitado e ele não devia mais interferir na vida econômica. Se a livre empresa (proposta por Adam Smith) daria aos burgueses condições de aumentar as atividades produtivas e, portanto, seu próprio lucro. A sociedade atravessava um período de alterações profundas : a nobreza perdia seu prestígio, cada vez mais individada junto aos banqueiros. A burguesia multiplicava as suas atividades. Pequenos negociantes e proprietários de terras pela que não possuíam o dinheiro para expandir seus investimentos acabavam por tornar-se dependentes da elite esquecida, que absorvia seus pequenos concorrentes.