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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A Revolução de 1932


   O controle sobre o Estado de São Paulo foi exercido , sucessivamente até 1932 , por interventores federais que se incompatibilizaram com os grupos oligárquicos. O tenente pernambucano João Alberto chegou a estimular a formação de organizações operárias , causando ruidosas reações da elite paulista. Além disso, a nomeação de interventores de fora de São Paulo alijava os representantes do Partido Democrático (PF) , aliados de Vargas. Em fevereiro de 1932 formava-se a FUP, Federação Única Paulista , reunindo representantes do PD e do Partido Republicano Paulista (PRP). A oligarquia  de São Paulo voltava a se reagrupar para defender seus interesses. Exigia  a entrega do comando político para civis conterrâneos e o estabelecimento da normalidade constitucional. Nem mesmo a indicação do paulista Toledo para interventor do Estado serenou os ânimos , que continuaram exaltados em comícios e manifestações populares. A propaganda apelava para a resistência dos paulistas contra a ditadura de Vargas , levando milhares de pessoas às ruas de São Paulo . No clima de radicalização, quatro manifestantes foram mortos a tiros durante a tentativa  d e invasão de um jornal tenentista: Martins , Miragaia , Dráusio e Camargo, cujas iniciais formariam a sigla MMDC, que passaria a designar o movimento . A 9 de julho de 1932, estourou a rebelião armada em São Paulo. Durante três meses , uma força militar paulista , de cerca de 8.500 soldados , enfrentou quase 20 mil muito mais bem equipados. Apesar da  intensa mobilização das elites e das classes médias do Estado, a derrotada se deu em 1¤ de outubro do mesmo.

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