Em tratados separados, as nações vitoriosas liquidaram os impérios ao reconhecer o direito das nacionalidades. Durante séculos , os impérios Austríaco, Russo e Otomano tinham agrupado, sob o controle de uma comunidade dominante , minorias às quais eram dadas garantias mínimas. Ao longo da guerra , os Aliados ocidentais , esperando enfraquecer os impérios centrais, passaram a defender a autonomia dessas comunidades. Porém , no interior dos impérios , as minorias misturavam-se. Era impossível fazer coincidir fronteiras linguísticas e fronteiras históricas. Num único caso a questão foi resolvida por uma transferência maciça de populações: 400 mil turcos passaram da Macedônia para a Turquia e 1,3 milhão de gregos foram transportados da Ásia Menor para a Grécia. Nos outros casos, as minorias permaneceram em seu local de origem. A Sérvia foi unida à Croácia e à Eslovênia , países sob domínio austríaco . Os três formaram o Reino dos Sérvios , Eslovenos e Croatas , que mais tarde se tornou a Iugoslávia. A Tchecoslováquia surgiu das regiões da Áustria predominantemente tchecas e eslovacas. Uma população alemã, instalada na orla da Boêmia , tornou-se tchecoslovaca , enquanto outro grupo de alemães foi incluído na Polônia. A Hungria foi separada da Áustria , que , privada de seus territórios e proibida de unir-se à Alemanha, ficou na condição de potência de terceira categoria. O Império Otomano, força agregadora de diversas nacionalidades , também desapareceu. Seus territórios não-turcos foram repartidos entre os vencedores. O Oriente Médio tornou-se , desde então, para a Grã-Bretanha e para a França , uma fonte de permanentes dificuldades.
