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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Esparta: Um Estado Fortificado


   Situada na península do Peloponeso, mais interiorana do que a maioria das cidades gregas, Esparta foi colonizada pelos gregos dórios , de forte tradição guerreira. Enquanto as outras cidades-Estado gregas resolviam seus problemas de superpopulação e escassez de terra estabelecendo colônias, Esparta conquistava cidades vizinhas , como Messênia, no século VIII a.C. Em lugar de vender os messênios como escravos no estrangeiro, tradicional método grego de tratar um inimigo derrotado , os espartanos conservam-nos como "servos do Estado" ou hilotas.  Enfurecidos por sua servidão  forçada , os messênios, que também eram gregos , tentaram desesperadamente recuperar a liberdade. Após renhida batalha, os espartanos sufocaram a rebelião, mas o temor de uma nova revolta de escravos ficou gravada na consciência espartana.  Para conservar o domínio sobre os messênios, muito mais numerosos que eles, os espartanos, com determinação e disciplina , transformaram sua sociedade num acampamento militar. Nessa sociedade, o trabalho agrícola era desempenhado pelos hilotas; o comércio era deixado a cargo dos  "períoikoi" (periecos), gregos conquistados  que eram livres mas não tinham direitos políticos. Os espartanos eram treinados nas artes da guerra e doutrinados para servir o Estado. O treinamento militar para  os meninos começava aos 7 anos de idade.  Eles se exercitavam , treinavam , competiam e suportavam provações físicas. Antes de converter-se num Estado militar, Esparta possuía um desenvolvimento cultural equiparável ao das outras  cidades gregas. Entretanto , quando se isolou cultural e economicamente do resto da Grécia , tornou-se uma cidade provinciana fechada e não participava do movimento cultural que se irradiava pelo mundo grego. Por volta de 500 a.C., Esparta emergiu como a cabeça da Liga do Peloponeso , uma aliança das cidades-Estado gregas meridionais, cujas forças de terra eram superiores às de qualquer outra coligação de cidades gregas. Prudentes por temperamento e sempre temerosos de uma rebelião hilota, os espartanos consideravam a Liga do Peloponeso um instrumento de defesa , e não de agressão.

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