Assim que os espanhóis chegaram à América , encontraram ouro na ilha Hispaniola (atuais Haiti e República Dominicana). Para extraí-lo , escravizaram índios dessa ilha. Esse ouro encontrava-se na superfície do solo (ouro de aluvião) e por isso se esgotou rapidamente. Os nativos das ilhas que Colombo encontrou em 1492 foram totalmente dizimados; não há hoje nenhum descendente dos indígenas que lá viviam antes da chegada dos espanhóis. Mas foi a partir da descoberta das ricas minas de prata de Potosi (Atual Bolívia) , em 1545, e Zacatecas (atual México), no ano seguinte , que a mineração se transformou na atividade mais importante da América espanhola. As minas eram consideradas propriedade do rei da Espanha. Tão logo ele soube da descoberta , ordenou que se distribuíssem os lotes auríferos entre aqueles que tivessem dinheiro para iniciar sua exploração. As obras de perfuração , a compra de mercúrio (usado na mineração), a importação de ferramentas , como picaretas de ferro, a transformação do metal em moeda , tudo isso tinha um custo elevado , e poucos podiam arcar com ele. Ter dinheiro , porém , não era suficiente para arrancar a prata do fundo das minas. Quem faria esse penoso trabalho? Para os colonizadores espanhóis , a resposta era uma só : os indígenas.
