Os incas plantavam milho, feijão, batata e outras variedades , valendo-se de um sistema de irrigação por canais e grandes represas. As terras eram trabalhadas pelas famílias camponesas que constituíam a maioria da população. Um conjunto de famílias aparentadas formavam uma comunidade, o ayllu. Cada ayllu possuía um chefe , o kuraka. A terra do ayllu compreendia campos cultivados e pastos coletivos , onde jovens pastoreavam os lhamas e as alpacas (animal de carga semelhante ao lhama). As terras de cada ayllu eram divididas em três partes : uma para o imperador, uma para os deuses (isto é , para os sacerdotes) e outra para as famílias que ali viviam . Além de trabalhar todas as terras , os camponeses realizavam vários serviços gratuitos para o governo , como construir e consertar estradas , templos e canais de irrigação. Essa obrigação era chamada "mita". As sobras da produção de alimentos eram estocadas em armazéns do governo esparramados pelo império. O imperador distribuía essas sobras entre a população nos períodos de fome causados por inverno rigoroso , chuvas torrenciais , pragas ou epidemias. O imperador - conhecido como Inca ou Filho do Sol - era considerado semidivino, sendo respeitado e reverenciado por todos. Possuía enormes poderes e privilégios, e o seu cargo era hereditário. Abaixo do imperador estavam os sacerdotes e os chefes militares , todos saídos da nobreza. Depois vinham os artesão (tapeceiros, ceramistas , ourives) , os médicos, os soldados, os contabilistas , os projetistas e os funcionários públicos. Estes grupos profissionais viviam em cidades e eram sustentados pelo governo, que armazenava riquezas com os impostos cobrados das comunidades.