Saiba Mais

Translate

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Transpiração | Plantas


  O principal mecanismo de libertação de água pela planta é a transpiração: a água é libertada sob a forma de vapor. A folha é uma estrutura adaptadas à transpiração: superfície ampla , larga e pouco espessa. Não é , no entanto , um sistema meramente físico , onde a transpiração dependa somente da superfície , da temperatura , da ventilação e da quantidade disponível de água. Ela é um sistema fisiológico complexo, com estruturas especializadas para o controle da evaporação. A planta perde  água através da cutícula que reveste suas folhas : é a transpiração cuticular . Esta é pouco intensa, principalmente em plantas xerofíticas , que possuem cutícula espessa. A transpiração mais intensa da planta é a estomática , isto é , aquela que ocorre através dos estômatos. Os estômatos são estruturas especiais situadas na epiderme da folha. São normalmente encontrados na epiderme inferior , adaptação esta justificada pela maior exposição ao sol da superfície superior , o que implica maior evaporação natural. Os estômatos , principalmente os de plantas superiores , são reguláveis , apresentando-se geralmente mais abertos quando é grande a umidade relativa do ar , e fechados quando o ar está seco. Um estômato possui duas células estomáticas , uma câmara subestomática e uma abertura entre as células estomática , chamada ostíolo. As células estomáticas formam-se por bipartição longitudinal de uma única célula ; possuem cloroplastos , sendo, portanto , capazes de realizar fotossíntese. As paredes das células estomáticas são mais espessas e, portanto , mais resistentes , junto ao ostíolo ; são menos espessas, e menos resistentes , junto às células anexas.  Assim, quando as células estomáticas estão túrgidas , as paredes junto às células anexas distendem-se muito , ao passo que as paredes junto ao ostíolo distendem-se pouco, formando uma concavidade que mantém o ostíolo aberto. Perdendo água , as células estomáticas tornam-se menos volumosas e até mesmo murchas ; nesses casos , a concavidade diminui ou desaparece , fechando o ostíolo. Esse processo descrito até aqui como físico controle fisiológico da planta. As células estomáticas podem , por exemplo, realizar fotossíntese e  acumular amido que , por sua vez , pode-se transformar em açúcar solúvel , aumentando o poder osmótico do vacúolo; elas passam , então, a absorver água e , em consequência , provocam a abertura dos ostíolo. Esse mecanismo assume grande importância em algumas plantas , principalmente naquelas que vivem  em clima seco. É possível observar , por exemplo, a abertura dos estômatos  provocada pela luz da manhã, ocasião em que a evaporação é menos intensa .  Nessa condição , praticamente sem perder água , os estômatos abertos possibilitam a entrada de CO2, necessário à fotossíntese.

Anuncios