Costumamos eletrizar os objetos , até sem
perceber , por exemplo, ao passar uma flanela nos móveis , penteando os cabelos
, limpando o para-brisa de um carro com um pano ou papel , enxugando as mãos
com papel toalha etc. Vimos que os corpos eletricamente neutros possuem carga
positiva igual à negativa. Assim , quando retiramos elétrons de um corpo neutro
ou lhe fornecemos elétrons , ele fica eletricamente carregado positiva ou
negativamente. Existem vários processos para eletrizar um corpo, dos quais estudaremos
dois.
¤Eletrização Por Contato :
Consideremos dois condutores , um neutro
(número de prótons igual ao número de elétrons) e um com carga elétrica , por
exemplo, negativa (número de elétrons maior do que o número de prótons). Ao
colocarmos em contato o condutor eletrizado com o condutor neutro , parte dos
elétrons em excesso do condutor eletrizado se transfere para o neutro , de modo
que , ao serem separados , o corpo inicialmente neutro fica eletrizado. Um
Corpo A E B ficam eletrizados com cargas de mesmo sinal e que a carga total
inicial de A e B (Qa + Qb) é igual à carga total final (Q'a + Q'b) , fato
garantido pelo princípio de conservação das cargas elétricas. Observamos ,
ainda , que , se os condutores forem idênticos , ficarão com a mesma quantidade
de cargas. No exemplo, consideramos um condutor carregado negativamente . Mas
se , ao contrário, tivermos um condutor neutro e outro eletrizado positivamente
, após o contato, ambos ficarão eletrizados com cargas positivas. Como um corpo
carregado positivamente tem deficiência de elétrons em relação ao número de
prótons , o que ocorre é que os elétrons do corpo neutro são transferidos para
o corpo carregado. Assim , não existe redistribuição de cargas positivas
(prótons) , já que os prótons fazem parte do núcleo.
¤Eletrização Por Atrito:
Podemos observar que dois corpos de naturezas
diferentes , ao serem atritados , ficam eletrizados. Durante o contato
(esfregaço) entre os corpos, há transferência de elétrons de um corpo para o
outro. Por exemplo : quando você passa uma flanela em um objeto de vidro ,
ocorre uma transferência de elétrons do vidro para a flanela e os dois ficam
carregados com cargas de módulos iguais , porém de sinais contrários. Pelo atrito , um corpo recebe ou perde
elétrons dependendo de sua constituição. Um corpo que perde ou cede elétrons
fica sempre eletrizado positivamente , enquanto um corpo que recebe elétrons
fica eletrizado negativamente. Existe uma tabela , chamada série triboelétrica
, que relaciona materiais que recebem ou perdem elétrons quando atritados uns com
outros. Nela , o material que vem antes perde elétrons para o material
posterior. Vale lembrar que não é o fato
de atritar ou friccionar que eletriza os componentes , mas o simples fato de
haver maior contato entre os materiais. Por exemplo, se atritarmos dois bastões
de borracha (ebonite) com lã, eles adquirem a mesma carga negativa e se repelem
quando aproximados um do outro. Se
atritarmos um bastão de borracha e outro de vidro com lã , eles adquirem caras
de sinais contrários e se atraem quando aproximados.