Para os mexicas , a religião desempenhava papel central nas relações entre o Estado e a sociedade. A guerra era sagrada , pois por meio dela se obtinham escravos para o sacrifício humano, elemento central na ligação entre a comunidade e o Estado. Quando os espanhóis invadiram a América , os mexicas reinavam sobre um império aberto a dois oceanos, controlando as rotas da América Centra. Sustentado por um exército de elite , o império, a partir de sua capital, México Tenochtitlán , afirmava sua superioridade sobre 20 milhões de súditos. Em 1519, o vale do México , com cerca de 5 milhões de habitantes , era a maior concentração urbana do mundo. Cortés, conquistador espanhol, dominaria esse império com 600 soldados , 16 cavalos , 10 canhões e 13 arcabuzes. Em 1539 , anos após o domínio espanhol , a cidade de México-Tenochtitlán tornou-se um conjunto de ruínas e obras espanholas : um mosaico de capelas e conventos , bairros indígenas e palácios mexicas, estes transformados em residências dos conquistadores. A análise história dessas civilizações ordenou excessivamente o desenvolvimento dos fatos, dando-lhes feições europeizadas. É bastante comum encontrarmos referências às semelhanças entre elas e a civilização do Egito Antigo, modelo com que os europeus tinham familiaridade. Porque era isso que eles pretendiam : impor seu modo de vida, submetendo as culturas locais. Era a ocidentalização do mundo, a difusão do modo de pensar europeu.