Saiba Mais

Translate

sábado, 4 de maio de 2019

O Tecido Condutor - Plantas

Este tecido transporta as substâncias que devem ser trocadas entre os vários órgãos da planta. Suas células estão organizadas em feixes  vasculares, os feixes líbero-lenhosos , nos quais predominam os vasos lenhosos (condutores da seiva bruta) e os vasos liberianos ( condutores da seiva elaborada) . Sabemos que a seiva bruta é uma solução orgânica de água e sais absorvida pelas raízes, e a seiva elaborada é uma solução orgânica com produtos da fotossíntese e outras substâncias , distribuída para nutrir os outros órgãos da planta. Num feixe vascular há , além dos vasos lenhosos e liberianos , fibras de sustentação, células parenquimáticas e um meristema chamado câmbio fascicular , que produz novas células condutoras.  Nos feixes das monocotiledôneas , não há esse câmbio .  As células do tecido condutor são de vários tipos , mas apresentam-se reunidas em dois grupos , que recebem o nome genérico de lenho ou xilema e líber ou floema. As células efetivamente condutoras de seiva sobrepõem-se , formando longo tubos contínuos ou interrompidos dos septos transversais perfurados. Daí serem chamados de vasos condutores. No lenho , os únicos elementos condutores são as traqueides e as traqueias ; nestas , muito comumente , os reforços de lignina em anéis ou espirais fazem lembrar a traqueia dos vertebrados . Tais reforços podem dar diferentes aspectos aos vasos condutores , que são então definidos como anelados , espiralados , escalariformes , reticulados ou pontuados. Nesses elementos condutores , o amplo espaço interno , o lúmen , permite o deslocamento de um grande volume de seiva bruta. As traqueides , típicas das gimnospermas (como os pinheiros) , têm nas paredes estruturas bem características , chamadas pontuações areoladas. Cada pontuação tem um poro no centro de uma saliência circular da parede da célula. Internamente , na pontuação , a lamela média tem um pequenos espessamento, o toro. Através das pontuações simples ou areoladas e das próprias paredes nas regiões não lignificadas pode haver uma intensa circulação de seiva bruta. As células do parênquima lenhoso que circunda os vasos podem mostrar uma atividade especial quando os vasos são velhos ou sofrem ferimentos. O protoplasma delas forma saliências que penetram pela parede dos vasos e crescem até provocar a total obstrução do lúmen. Tais expansões , as tilas , põem fora de função os vasos , que passam a desempenhar apenas um papel de sustentação mecânica. Num caule , isso ocorre na região mais central , que se torna muito rígida e compacta , constituindo o cerne , que nos fornece a madeira. Permanece funcional apenas o lenho mais periférico , que é mais novo e produzido pelos meristemas secundários , chamado de lenho secundário. No floema , as únicas células condutoras são os vasos liberianos ou vasos crivados. Eles se formam pela sobreposição de células vivas , alongadas , de paredes finas , sem lignificação. Ou septos ou membranas transversais entre essas células não são completamente dissolvidos , ficando com um aspecto característico de crivos (placas crivadas). Uma placa crivada permite a total continuidade de matéria viva entre duas células sobrepostas , uma vez que , pelos seus poros , o protoplasma emite filamentos de ligação entre elas. Nos vasos já velhos ou temporariamente não-funcionais (durante o inverno rigoroso), a seiva elaborada não pode circular , uma vez que os poros das placas crivadas são obstruídos pelo acúmulo de um carboidrato especial , a calose. Cada vaso liberiano tem, em toda a sua extensão , uma ou mais células companheiras , vivas , que de alguma forma estão relacionadas à função condutora. Convém ainda lembrar que a seiva elaborada é o próprio conteúdo dos vacúolos dos vasos liberianos. Trata-se de uma solução orgânica , na qual predominam açúcares solúveis produzidos na fotossíntese.

Anuncios