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sexta-feira, 17 de maio de 2019

O Simbolismo No Brasil


Iniciado oficialmente em 1893 , com a publicação de Missal (prosa poética) e Broquéis, de Cruz e Sousa , o maior representante do movimento no país, o Simbolismo brasileiro , segundo alguns autores , não foi tão relevante quanto o europeu. Ou seja, não conseguiu substituir os cânones da literatura oficial , predominantemente realista e parnasiana. Esse fenômeno não é difícil de entender : a ênfase no primitivo e no inconsciente desta poesia , seu caráter universalizante e ao mesmo tempo intimista , não respondiam às questões nacionais , que desde a 1¤ República vinham se refletindo por meio das tendências racionalistas do Realismo e também do Parnasianismo. Assim, o Simbolismo brasileiro ocorreu paralelamente com um fluxo de autores e obras neoparnasianos , dentre os quais ressaltamos os poetas José Albano e Raul de Leoni. Por outro lado, entretanto , pelas mesmas características mencionadas , manifestações simbolistas no Brasil , especialmente no Sul, terra de Cruz e Sousa , possuem uma aura de "seita" , com verdadeiras sociedades secretas cujos ritos , jargões e nomes sugerem os traços essenciais do movimento (por exemplo: "Romeiros da Estrada de São Tiago" , "Magnificentes da palavra escrita" etc.). Em meio às revistas da época , vamos citar a mais famosa - Revista "FON-FON" - , que representará no início do século (1908) os criadores "crepusculares" (decadentistas) do país.   O melhor deles , Pedro KillKerry , teve sua prosa poética , de grande complexidade e qualidade literária , recentemente redescoberta e revalorizada pela crítica. Suas obras mais conhecidas são : "Notas trêmulas do Diário Antigo" ; "Do Hinário de Um Nômada".

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