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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Freud : Inconsciente Pessoal


Na passagem do século XIX para o século XX , o médico neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939) concebeu uma teoria da mente que revolucionou a história do pensamento em vários sentidos. Ele é fundador da psicanálise. Para começar , Freud rejeitava a identificação entre consciência e psiquismo (isto é , o conjunto dos processos psicológicos) , algo bastante comum. A maioria das pessoas tende a pensar que não existe nada mais em suas mentes além daquilo que sabe , seus pensamentos , imagens e recordações. Ou seja , tendemos a acreditar , no fundo , que consciência e mente são a mesma coisa e que a mente pode conhecer tudo se empreender o trabalho devido para tal. Freud afirmou , no entanto , que a maior parte de nossas vidas psíquicas é dominada pelo que chamou de inconsciente. A outra parte , o consciente , seria bastante reduzida e , em grande medida  determinada pela primeira. Assim, o inconsciente não seria a simples negação abstrata da consciência, uma espécie de "nada" (como na metáfora do 'quarto vazio' , que usamos antes) , e sim uma parte integrante de nossa personalidade, bastante ativa e determinante , onde "coisas" existem e acontecem sem que ao percebamos. As novidades lançadas por Freud não pararam por aí. Para ele , a sexualidade ( a chamada libido) constituiria o elemento fundamental do inconsciente , bem como de toda a dinâmica da vida psíquica.   Essa teoria escandalizou a sociedade de seu tempo, principalmente por enfatizar a existência de atividade sexual nas crianças , bem como a importância que vivências e traumas sexuais das pessoas durante toda a vida adulta. Esses traumas estariam vinculados a uma etapa do desenvolvimento infantil em que as crianças se sentiram atraídas pelo progenitor do sexo oposto , o chamado complexo de Édipo.

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