O peixe de água doce é hipertônico em relação à água em que vive. Por isso, ele absorve a água através da pele, continuamente. Para evitar a turgescência e a plasmoptise, ele elimina grandes quantidades de urina muito diluída, com bastante água, bebe pouca água e, para compensar a perda de sais pela urina absorve sais por transporte ativo através das brânquias. Já o peixe marinho é hipotônico em relação à água onde se encontra. Ele tende a perder água continuamente através da pele. Para evitar a plasmólise, ele bebe água do mar, elimina pouca quantidade de urina, bastante concentrada, com pouca água, e elimina os sites que foram ingeridos por transporte ativo, através das brânquias. Até mesmo em organismos primitivos unicelulares já observamos esses mecanismos osmorreguladores. As amebas dulcícolas ( de água doce) são hipertônicas em relação ao meio. Então , elas absorvem água. Mas a elimina pelo vacuolo pulsátil. Já as amebas marinhas são isotônicas em relação a água do mar e não carece desse recurso de defesa homeostática. Por isso, não tem vacúolos pulsáteis. As alterações do equilíbrio eletrolítico assumem por vezes gravidade considerável para o estado de saúde de uma pessoa. cardíacos descompensados graves, por exemplo, podem sofrer fibrilação ventricular e parada cardíaca em virtude de desordens eletrolíticas nas fibras musculares do miocárdio, decorrentes de um excesso de íons K+. A ingestão abusiva de sucos ou de frutos (laranja, notadamente) pode provocar um aumento considerável do teor de K+ no meio orgânico e celular. essa alteração, no indivíduo sadio, é prontamente controlada e compensada. Mas o mesmo não sucede com um doente crônico e descompensado.