A Assembleia era unanime em reconhecer a necessidade de mudanças, mas sem os seus membros tinham diferentes opiniões sobre as reformas a serem adotadas. Para resolver a crise financeira, foi decidida a secularização dos bens da Igreja, isto é, a fortuna acumulada pelo clero passaria ao Estado e este se encarregaria de "manter" as ordens religiosas. Isso provocou uma divisão entre os membros da Igreja: aqueles que não aceitaram essa proposta ficaram conhecidos como "clero refratário" e passaram a conspirar contra o novo regime. Para solucionar a situação política , os deputados votaram a primeira constituição francesa (setembro de 1791). Sob inspiração do regime inglês, adotaram a monarquia constitucional. O rei teria seus poderes limitados por uma Assembleia Legislativa que deveria ser consultada sobre os problemas da nação. Esta constituição não foi bem recebida:
• o povo, que apoiara o movimento revolucionário, foi desprezado. Continuava sem poder participar da vida política. Para votar, era necessário possuir uma renda prefixada, inacessível para a maioria da população. Além disso, a constituição proibiu greves e a organização sindical;
• o soberano apenas fingiu concordar com a redução de seu poder. Aliado à alta nobreza, tentou fugir da França para comandar os exércitos contrarrevolucionários, que queriam a volta ao antigo governo. Foi reconhecido já nas fronteiras da França e obrigado a retornar a Paris.
A atitude do rei e a pressão dos exércitos inimigos na fronteira da França provocaram uma radicalização do processo revolucionário.