Como já vimos, a incidência de radiação sobre um tecido humano pode induzir o aparecimento de câncer. Então surge a dúvida: por que os médicos utilizam radiação no combate de casos evoluídos de câncer? Apesar de parecer uma incoerência, não é. As células cancerosas são mais fracas que as normais e, por esse motivo, uma dose controlada de radiação incidindo apenas sobre o local do tumor pode matar preferencialmente as células cancerosas. Esse é o princípio da chamada radioterapia do câncer, uma das muitas aplicações pacíficas da radioatividade. Nela são usados os raios Gama provenientes da desintegração de Colbato-60 (artificialmente produzido) o césio 137 (isolados no lixo nuclear de reatores). Ainda na área da medicina, muitos outros radioisótopos possui importantes aplicações no diagnóstico de doenças. Uma vez introduzidos no organismo, as emissões desses radionuclídeos podem ser detectadas por sensores apropriados, fornecendo valiosas informações sobre o funcionamento dos órgãos. Não é apenas na medicina que a radioatividade encontra aplicações práticas. Ela pode ser utilizada também para esterilizar alimentos em geral, detectar vazamentos em tubulações, analisar a espessura de chapas e estudar os mecanismos de reações químicas e bioquímicas.