Saiba Mais

Translate

domingo, 14 de abril de 2019

O Concretismo - Literatura



Em 1956 nasce , em São Paulo, o Concretismo , expressão bastante atuante da vanguarda estética brasileira. Seu principal veículo, que inclusive  o precede , é a revista Noigrandres (1952 a 1958), na qual aparecem poemas de seus líderes - Décio Pignatari , Haroldo de Campos e Augusto de Campos. O último número da revista traz o Plano-Piloto da Poesia Concreta , assinado pelos três poetas. Além dos autores mencionados , Ferreira Gullar , Wladimir Dias Pino, Reinaldo Jardim , José Paulo Paes , José Lino Grunewald e Pedro Xisto ligaram-se ao Concretismo. Em 1957 , publica-se em Belo Horizonte a revista Tendência , também de matriz concretista. Ligando-se ao neonacionalismo político que Juscelino Kubitschek instaura , os poetas mineiros - Rui Mourão, Fritz Teixeira de Salles , Afonso Ávila e Afonso Romano de Sant'Anna - propõem que a pesquisa formal , principal característica do Concretismo, some-se ao engajamento político. Em 1958 , uma cisão no movimento concretista leva o grupo carioca (Ferreira Gullar e Reinaldo Jardim) a criar o "Neoconcretismo" e o "Não Objeto". Outra dissidência se manifestaria em 1962 , com a publicação de Lavra-lavra , de Mário Chamie , que lança a Poesia Praxis , agrupando poetas como Mauro Gama , Armando Freitas Filho e Camargo Meyer. De outro lado , o Poema-Processo , de Wladimir Dias Pino, da mesma época , constitui outra variante do Concretismo , levando ao extremo a criação de estruturas e formas visuais. Os poetas construtivistas , como Walmir Ayala , e os novos poetas formalistas (Alberto da Costa e Silva , Mário Faustino e Leila Coelho Frota) , complementam esse panorama.

Anuncios