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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Narrar e Dissertar

Depois de tão variadas experiências de leitura e escrita com narrativas , você será capaz de organizar o que aprendeu neste esquema-síntese da narração.

¤Tipos de Personagens

-Personagens principais : protagonistas x antagonistas.

-Personagens-auxiliares ou ajudantes.

¤Apresentação de Personagens

-Apresentação direta : descrição de traços físicos e/ou psicológicos.

-Apresentação indireta : ações , comportamentos , acontecimentos vividos pelas personagens , falas.

¤Tipo de discurso

-Direto

-Indireto

-Indireto Livre

¤Organização do Enredo

-Enredo Linear : Começo - meio - fim - sucessão contínua , lógica e cronológica , de acontecimentos.

-Enredo não-linear: descontinuidade temporal , cortes ou saltos na sequência de ações , quebra da continuidade lógica e cronológica dos acontecimentos.

-Tempo cronológico : dos relógios , objetivamente marcado.

-Tempo psicológico : da duração interior das vivências.

¤Focos Narrativos

- Narrador-personagem: em 1¤. Pessoa.

- Narrador-observador: em 3¤.pessoa.

-Narrador-onisciente: em 3¤ e 1¤ pessoas.

Com as experiência narrativas , percebemos muitas de nossas possibilidades de criação a partir da memória e da imaginação . Inúmeras vozes , adormecidas na rotina do dia-a-dia , ressurgem em nós, fazendo nascer e crescer personagens e enredos que passamos a viver.  Agora , vamos ler um texto de outra natureza. Ele não é narrativo. Você poderá observar que ele se organiza de modo diferente. Sua finalidade não é contar uma história. Tente perceber sua característica comum.

"Se o que estuda assume realmente uma posição humilde , coerente com a atitude crítica , não se sente diminuído se encontra dificuldades , às vezes grandes , para penetrar na significação mais profunda do texto. Humilde e crítico , sabe que o texto , na razão mesma em que é um desafio , pode estar mais além de sua capacidade de resposta. Nem sempre o texto se dá facilmente ao leitor. Neste caso , o que deve fazer é reconhecer a necessidade de melhor instrumentar-se para voltar ao texto em condições de entendê-lo . Não adianta passar a página de um livro se sua compreensão não foi alcançada . Impõe-se , pelo contrário, a insistência na busca de seu desenvolvimento. A compreensão de um texto não é algo que se recebe de presente. Exige trabalho paciente de quem por ele se sente problematizado. Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros lidos num semestre. Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.

¤Paulo Freire. Ação Cultural para a Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.

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