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terça-feira, 23 de abril de 2019

Arte e Educação | Filosofia

Por diversos ângulos e diferentes enfoques , as discussões sobre a beleza e o estético tiveram presença marcante no pensamento de vários autores, desde a Antiguidade grega até nossos dias . Muitas dessas especulações tomaram o rumo de associar o belo ao bom, entrelaçando os campos filosóficos da estética e da ética.  Sócrates e Platão, por exemplo, já diziam que o que é bom é belo , o que é belo é bom. Não precisamos , porém , ir tão longe : o próprio senso comum faz essa ligação. Quando um indivíduo age mal, costuma-se dizer: "Que feio" ; se ele age de maneira ética , fala-se que teve uma atitude "bonita".  Também se verifica um entrelaçamento entre estética e ética quando se constata que o belo pode despertar o bom no indivíduo e que , por isso, deve fazer parte de sua educação. Nesse sentido, o escritor e pensador alemão Friedrich Von Schiller (1759-1805) propôs a educação estética , além da educação ética , como forma de harmonizar e aperfeiçoar o mundo e de o indivíduo alcançar sua liberdade. Em suas palavras , "para chegar a uma solução, mesmo em questões políticas , o caminho da estética deve ser buscado , porque é pela beleza que chegamos à liberdade" (Sobre a educação estética , p. 35). Ou seja, se o belo desperta o bom no indivíduo, este se verá menos pressionado por insatisfações e necessidades, poderá agir mais de acordo com sua boa consciência. Se através do belo o mundo material se reconciliasse com uma forma superior de moralidade , o ensino da arte , educando os sentidos e a sensibilidade , poderia tornar , portanto , o indivíduo melhor.


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