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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Outras Atividades Econômicas


Apesar da tendência à monocultura de exportação , no interior das propriedades canavieiras desenvolveu-se a agricultura de subsistência e a fabricação de utensílios e instrumentos de trabalho, como canoas , carroças , selas , arreios e roupas rústicas. Outras atividades complementares à produção açucareira , como a pecuária e as lavouras de fumo e algodão , também foram desenvolvidas nessas unidades. A pecuária era necessária para transporte de carga e pessoas , e para a movimentação dos engenhos (trapiches). Além disso, vinculada à economia de subsistência , fornecia couros e carnes para o consumo interno das grandes propriedades. A atividade pecuarista , desenvolvida inicialmente junto à produção do açúcar no litoral , foi se deslocando para o interior , onde se formaram imensos criatórios. O trabalho realizado sob o regime de parceria por homens livres , os vaqueiros , que administravam as terras em nome dos proprietários , que viviam no litoral. Cultivado originalmente em hortas e quintais , o fumo tornou-se um dos principais produtos da economia colonial. Consumido pelas camadas sociais mais pobres como mercadoria de troca por escravos africanos,  a produção de fumo concentrou-se nas capitanias da Bahia e Pernambuco . Como seu plantio provocava rápido esgotamento do solo, passou a ser cultivado junto às áreas de criação de gado. Conhecida dos indígenas antes da chegada dos portugueses , a cultura de algodão desenvolveu-se , no século XVI , principalmente na capitania de Itamaracá, sendo realizada no interior das propriedades canavieiras , em geral, a cargo dos lavradores arrendatários. Com um pequeno volume de exportação para a Metrópole, o grosso da produção destinava-se à confecção de tecidos rústicos destinados aos escravos. A economia colonial no século XVI assentava-se nas capitanias do Nordeste .  No Sul , o transporte para a Europa encarecia o açúcar , cuja produção mesmo assim desenvolveu-se as capitanias do Espírito Santo , de São Vicente e de Santo Amaro, destinando-se mais ao contrabando que se realizava com a América espanhola através da região do Prata. A aguardente produzida nos engenhos do Nordeste servia para o comércio de escravos africanos que se intensificava ao final desse século.

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