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sábado, 13 de abril de 2019

João Guimarães Rosa


Estreou com Sagarana (1946), que renova o conto brasileiro. Trata-se de um conjunto de sagas- histórias de aventura , de amor , de mistério- que universalizam e fecundam de vida , de humanidade , os confins do sertão. Essa obra tematiza a viagem , a travessia. Em cinco de seus nove contos , um narrador fundamental para a compreensão estilística do escritor: a adesão aos personagens , desvendando-lhes a interioridade , sejam os capiaus do sertão, sejam os bichos , seja a própria natureza, sempre animizada. Em 1956 aparecerem as sete novelas poéticas de Corpo de Baile e Grande sertão: veredas , romance filosófico , mítico e poético , em que funde prosa e poesia, narrativa e intensa criação de ritmos , metáforas e alegorias. Corpo de baile, a partir da terceira edição , de 1964 , tripartiu-se em volumes independentes : Manuelzão e Miguilim , No Urubuquaquá , no Pinhém e Noites no sertão. Os últimos livros do escritor do escritor compõem-se de histórias cada vez mais densas de poeticidade e ao mesmo tempo mais breves. Primeiras estórias (1962) é um conjunto de contos  nos quais as crianças , os velhos , os loucos - os seres rústicos e em disponibilidade para a travessia existencial- vivem momentos de encantamento, de iluminação, de rara e ancestral poesia , que universalizam e reinventam literariamente o sertão, como ocorre com Tutameia : "Terceiras Estórias" (1967) e "Estas Estórias" (1969).


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