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quinta-feira, 18 de abril de 2019

A Revolução Industrial


Após séculos de predomínio rural e agrícola sobre as cidades e as atividades artesanais , o Ocidente presenciou o surgimento da indústria moderna. A busca de novas tecnologias , o desenvolvimento de novas formas de organização do trabalho , a intensa utilização do trabalhador assalariado e o controle do capital sobre a produção concretizaram a máxima "tempo é dinheiro" , acelerando o ritmo de vida das sociedades europeias e, posteriormente , de todo o mundo. Iniciada na Inglaterra , na segunda metade do século XVIII , a Revolução Industrial foi caracterizada pela constituição do sistema fabril mecanizado , isto é , pelo aparecimento de fábricas que utilizavam máquinas no lugar de ferramentas e substituíam gradativamente a força motriz humana por outras (vapor , carvão e, posteriormente , eletricidade e motores a combustão interna).  A Revolução Industrial , no entanto , não foi uma ruptura técnica , mas herdeira de um lento processo de aprendizagem em um longo percurso de surgimento de inovações técnicas. Essas inovações levaram à multiplicação acelerada de mercadorias e serviços. O impacto sobre as estruturas econômicas foi brutal. Criaram-se necessidades de consumo ; os novos produtos e a redução dos custos de produção dos já existentes ampliaram o mercado consumidor. A aceleração do crescimento econômico , marcada pelo investimento de capitais em tecnologia visando maior produtividade , tornou-se a regra da sociedade capitalista.  O carro chefe dessas transformações foi a manufatura têxtil . A produção de rústicos tecidos de algodão articulou-se à rede ultramarina , fornecendo as mercadorias que seriam trocadas por escravos africanos. O rentável tráfico negreiro proporcionava grande parte dos capitais aplicados nas manufaturas e em seu desenvolvimento tecnológico. Posteriormente , tanto em áreas coloniais diretamente controladas , quanto em colônias de outros Estados europeus , a Inglaterra conseguiu impor a entrada de sua produção têxtil, monopolizando a maior parte do mercado mundial. Desde então, a América Latina , a África e a Ásia figuravam como regiões dependentes da economia inglesa, sendo escoadouro de manufaturas e fornecedoras de produtos primários . Até 1850 , aproximadamente , a Inglaterra foi a grande oficina do mundo. Principais exportadores de produtos industrializados e importadores de matérias-primas , os ingleses ocuparam o centro da economia mundial , integrando, a partir de seus circuitos mercantis , áreas potencialmente industrializadas e outras marcadamente dependentes.

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