A criação de algumas espécies de peixes (piscicultura) em grande escala apresenta certas dificuldades, uma delas é a produção das larvas (alevinos). Espécies economicamente importantes , como o pacu e o tambaqui , não se reproduzem naturalmente em tanques ou viveiros e , por isso, é feita a reprodução induzida , praticada inclusive no Brasil há décadas. A técnica , também chamada hipofisação , é bastante difundida em todo o mundo na criação de carpas , salmões , trutas e outros peixes de cultivo intensivo , de grande consumo. Basicamente , a técnica implica a escolha de adultos saudáveis e sexualmente maduros , nos quais é aplicada uma injeção intramuscular de hormônio gonadotrópico da hipófise de peixes que , atuando nas gônadas , estimula a maturação dos ovos e a desova. O mesmo efeito é obtido com a gonadotropina cariônica humana. Após algum tempo , que varia de acordo com diferentes fatores, pressiona-se o ventre das fêmeas e recolhem-se milhares de ovos em bandejas com água limpa , em temperatura baixa (10-15 ¤C). Em seguida , o sêmen é misturado aos ovos , acontecendo então a fertilização artificial. Um dia após a fertilização, os ovos são colocados em pequenos tanques de cimento e os alevinos aí se desenvolvem até atingirem cerca de 3 cm de comprimento e 2-3 g. Um ponto importante é a alimentação dos alevinos até que cheguem ao tamanho-padrão para a comercialização. Eles comem ração especial e plâncton , constituído de muitos microrganismos - por exemplo algas , larvas de insetos , crustáceos , vermes etc. - e que se desenvolve em tanques maiores com alguma vegetação.
