Em certas épocas do ano, no ápice da planta feminina formam-se arquegônios , enquanto a planta masculina formam-se anterídios. A chuva provoca borrifos de água que lançam sobre as plantas femininas os anterozóides que saem dos anterídios. Os arquegônios produzem substâncias especiais responsáveis pela atração dos anterozóides (quimiotactismo). Assim, eles nadam e encontram a abertura dos arquegônios , penetram neles e fecundam as oosferas. Um dos zigotos formados se desenvolve, fixando-se o pequeno embrião pluricelular na ponta da planta feminina fecundada. A partir dele se diferencia um esporófito (E) diplóide , o chamado esporogônio, que é parasita do gametófito (G) e tem três partes :
a) Haustório : fixa o esporogônio no gametófito feminino e absorve alimentos;
b) seta : filamentar , longa;
c) cápsula: é um grande esporângio ovalado , de alguns milímetros, na ponta da seta. É nela que se originam os esporos haplóides , por meioses. O crescimento do esporângio se inicia dentro do arquegônios, de forma que os tecidos haplóides deste últimos permanecem sobre a cápsula, constituindo uma espécie de capuz , chamado caliptra. A queda da caliptra expõe a abertura da cápsula , o peristômio, e , assim, os esporos são expelidos pela atividade de muitos filamentos que se torcem por desidratação, por isso chamados filamentos higroscópicos. Caindo na terra , cada esporo pode germinar , formando um protonema haplóide filamentar , de onde brotarão as novas plantinhas (gametófitos) masculinas ou femininas.
