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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Movimento Dialético


Também vimos antes que , ao conceber a realidade como espírito , Hegel queria destacar que ela não é apenas uma substância (uma coisa permanente , rígida), mas um sujeito co vida própria que pode atuar. Portanto, entender a realidade como espírito é entendê-la nesse seu atuar constante , ou seja , como movimento ou processo. É entendê-la como devir. O movimento da realidade apresentaria , segundo o filósofo , momentos que se contradizem, sem , no entanto, perderem a unidade do processo , que leva a um crescente auto-enriquecimento. Trata-se do movimento dialético do real, que se processaria em três momentos :

¤ O primeiro, do ser em si , seria , por exemplo, o momento de um planta como semente (tese);

¤ o segundo, do ser outro ou fora de si , seria o momento em que essa semente sai fora de si, desdobra-se em algo distinto (antítese) ;

¤ e o terceiro , do ser para si, seria o momento em que surge a planta (síntese dos momentos anteriores).

Esses momentos se sucedem com um movimento em espiral , ou seja, um movimento circular que não se fecha. Assim, cada momento final, que seria a síntese , torna-se  a tese de um movimento posterior , de caráter mais avançado.

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