Os muitos termos usados para agrupar os vertebrados de acordo com a temperatura corporal têm levado a muitas confusões. Em relação à capacidade de manter ou não uma temperatura corporal constante , já citamos os animais de "sangue frio" (poiquilotermos, pecilotermos ou heterotermos) , que são os peixes , anfíbios e répteis , e os de "sangue quente" (homeotermos), as aves e os mamíferos. Os animais homeotermos em geral têm altas temperaturas corporais , independentemente do meio , frio ou quente. No entanto, aves e mamíferos hibernantes podem ficar longos períodos com temperaturas muito baixas , próximas de 0¤C. Por outro lado , lagartos expostos ao sol podem manter sua temperatura bem alta , maior do que a do ambiente. Assim, foi proposta uma nova nomenclatura , que se baseia na origem do calor corporal , falando-se em animais ectotérmicos , aqueles que dependem de uma fonte externa de calor , e endotérmicos , aqueles que dependem da produção interna de calor. Vejamos um caso especial para exemplificar a dificuldade de aliar os dois critérios. O atum, peixe com grandes massa muscular , produz calor interno que lhe permite manter temperaturas de mais de 10¤ C acima daquela da água do mar , sendo , portanto , um endotermo; mas , segundo outro conceito , ele é um poiquilotermo , como todos os peixes. A insistência em voltar ao tema é para mostrar que nem sempre há relação poiquilotermoectotérmico ou homeotermo-endotérmico, como se poderia pensar.
