A vida política da Argentina tem sido muito conturbada nos anos 90. Antes de tudo, de 1966 a 1983, descontando o pequeno intervalo de 1973 a 1976, a Argentina esteve submetida ao regime militar do tipo ditatorial, com forte censura à imprensa, controle ideológico nas escolas e universidades, prisões e assassinatos de pessoas que se opunham ao governo. O padrão de vida do trabalhador argentino, que era elevado - quase semelhante ao europeu e, portanto, bem maior que o da maioria dos demais países latino-americanos -, caiu drasticamente a partir de 1966. Além disso, a distribuição social da renda tornou-se mais concentrada . A dívida externa do país cresceu enormemente, sendo uma das maiores da América Latina nos anos 90. O regime militar terminou em 1983, mas os governos civis que se sucederam em 1990 foram constantemente perturbadas por tentativas de golpes encabeçadas por grupos militares descontentes, tentativas sempre eram abafadas mas nunca resolvidas. A partir de 1991, contudo, a Argentina passou a viver uma situação política e econômica mais estável - não se sabe até quando - , com a queda da inflação e a retomada da crescimento econômico , fatos que diminuíram as ameaças de golpes militares.
