Nas atuais circunstâncias, uma integração latino-americana nos moldes da que ocorre na Europa ocidental parece extremamente difícil. A proposta de unificação Europeia, que agradou a todos os países envolvidos, propagou-se entre as pessoas e ganhou crescente popularidade. Além disso, a população de cada país europeu conhece bem os países vizinhos. O padrão de vida é normalmente elevado, o que possibilita às pessoas viajarem constantemente para o exterior. Já na América Latina , a ideia de integração não parte do povo e sim das elites políticas e intelectuais. Como padrão de vida é baixo, salvo para as classes privilegiadas, são pouquíssimos os que viajam pelo seu próprio país e, menos ainda, para o exterior. Consequentemente , de modo geral, as pessoas têm pouco conhecimento sobre a sua própria história e cultura e , principalmente, sobre a América Latina como um todo. O único tipo de integração que poderia interessar a maioria da população da América Latina seria que respeitar as diversidades culturais de cada nação. O contrário, ou seja, a união com base numa centralização, seria apenas a imposição pela força dos interesses de uma classe dominante. Mas, por enquanto, por causa dos governos autoritários, da vida política pouco democrática, não é possível assim uma integração na América Latina. A liberdade de ir e vir sem problemas, a expansão da educação, a internacionalização da vida dos cidadãos são possíveis apenas no regime democrático e aberto. E regimes desse tipo constituem algo que sempre foi e continua sendo raro nos diversos países latino-americanos.
