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terça-feira, 18 de junho de 2019

A Queda do Muro


Início da década de 1980. Economia soviética vivia um colapso. A produção despencava enquanto em algumas regiões o desemprego atingia um terço da população. Formavam-se filas enormes para comprar leite, pão e outros produtos. Em meio a essa crise assumiria o poder na União soviética,  em 1985 , Mikhail Gorbatchev. Prontamente, o novo chefe de governo suspendeu, unilateralmente os testes nucleares subterrâneos surpreendendo o mundo. Era algo inimaginável para o mundo da Guerra fria. Transparência, que em russo se diz glasnost era o que dizia pretender Gorbatchev nas relações entre o estado e a sociedade. Sem censura, sem repressão e sem medo da polícia. Na área econômica defendia a "reconstrução",  Perestroika em russo. Embora defendesse o modelo socialista, considerava que o estado não deveria impedir o progresso individual. Concursos de miss, jovens de cabelos compridos ouvindo rock in roll , grupos de hare krishnas , artistas expondo arte abstrata e programas de televisão discutindo abertamente prostituição, drogas, AIDS e desemprego,  compunham um novo cenário soviético. Em 1989, era reconhecido internacionalmente como alguém que poderia pôr fim a corrida armamentista e que não impediria transformações nos países do leste europeu. Na Alemanha oriental as passeatas multiplicavam-se, até que em 9 de novembro de 1989 o muro de Berlim foi derrubado pela população. Era a metáfora do fim da guerra fria e o fim da bipolarização. Em poucos meses, diversos regimes socialistas do leste europeu desabaram vindo uma crise no "socialismo real" e, no socialismo de modelo soviético. Esta crise repercutiria no mundo inteiro inclusive no processo eleitoral brasileiro. O primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras ocorreria em 15 de novembro de 1989, 6 dias após a queda do muro . Os candidatos, ditos liberais , explorariam o fato para tentar desacreditar as esquerdas brasileiras.

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