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quarta-feira, 19 de junho de 2019

A América Espanhola

Como pretexto para a exploração colonial, utilizava-se argumento da necessidade de civilizar os povos americanos por meio da cultura e da fé cristã. Dessa forma, acobertava-se a dominação dizimadora, justificando-a como um empreendimento comercial de cristianização. Até meados do século XVI , praticamente toda a América fora subjugada pelos conquistadores europeus- que se utilizavam, para isso, da pólvora e do cavalo, desconhecidos pelos ameríndios, além de se valerem da fragilidade grupal das tribos, divididas em facções muitas vezes rivais. No Peru, por exemplo, as disputas pelo trono entre Atahualipa e Huáscar enfraqueciam o império inca, o que ajudou os espanhóis assenhorarem  do "Eldorado" tão cobiçado. Herman Cotez , no México, e Francisco Pizarro  e Fio Almagro, no Peru, foram os conquistadores espanhóis que, devido à violência e extinção de suas conquistas, marcaram mais fortemente o início do processo de colonização dos territórios espanhóis na América. Efetuada  a conquista , a exploração de ouro e principalmente de prata, passou a ser eixo da colonização espanhola durante os séculos XVI e XVII. México, Peru e Bolívia respondiam pela produção de metais preciosos, simultaneamente, outras regiões se integravam ao sistema econômico colonial como produtoras de bens agrícolas (Chile) , criadores de animais de tração, como mulas e produtoras de tecidos (Argentina) , entre outras. A  produção colonial foi organizada a partir da exploração da mão de obra indígena. Uma das formas de utilização dos nativos era a mita, pela qual os indígenas eram tirados de suas comunidades para trabalhar nas minas, sob um pagamento irrisório. Esse método, utilizado especialmente nas minas de prata de Potosí, acabou por arruinar estrutura comunitária, minando com o extermínio da população indígena. A Encomienda , sistema mais usado, consistia na exploração dos nativos com os servos nos campos e nas minas. A coroa encomendava captura de indígenas a um intermediário - o encomendero - , os distribuía aos colonizadores, que recebiam o índio como seu servo. A servidão era justificada como um pagamento de tributos, feito pelos índios em forma de serviços, por receberem proteção e educação cristã. O encomendero, por sua vez, transferia  parte dos tributos para a coroa. Chamava-se Conselho Real e Supremo Das Índias o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado nas colônias pelos chapetones. Os negócios e a arrecadação de impostos cabiam as casas de contratação, e as ligações comerciais entre Metrópole e colônia se fazia pelo sistema de "porto único" , ou seja, toda transação colonial de comércio deveria, necessariamente, passar por determinado Porto na metrópole- inicialmente foi Sevilha, depois,  Cádiz. Esse Porto recebia as mercadorias vindas dos portos autorizados na colônia.

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