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terça-feira, 30 de abril de 2019

Tensão Entre Os Países Ricos E O Terceiro Mundo


Podemos dizer que, de modo geral, a linha do Equador, que separa o Hemisfério Norte do Hemisfério Sul, também demarca a grande e divisão sócio econômica do mundo atual. Os países ricos do mundo capitalista, situados, em sua maioria , no Hemisfério Norte, fazem parte do chamado "Primeiro Mundo" . São as nações desenvolvidas e poderosas , como, por exemplo, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França , Inglaterra , Japão e Itália. Os países socialistas seriam os do "Segundo Mundo". Os países pobres, situados em sua maioria no Hemisfério Sul, fazem parte do chamado " Terceiro Mundo" . São as nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento , abrangendo quase todos os países da África, da Ásia e da América Latina. É assustador o abismo que separa os países ricos do norte dos países pobres do sul. Para se ter uma pálida ideia desse abismo , basta citar quando que aproximadamente 80% da renda mundial está concentrada nas mãos de 1/3 da Humanidade que vive em países ricos, enquanto 2/3 da população mundial vive na miséria . O pior é que as diferenças entre ricos e pobres têm crescido nos últimos anos e tendem a continuar crescendo. Isso porque persiste o injusto sistema de exploração econômica internacional. A divisão sócio-econômica do mundo , entre ricos e pobres , explorados e exploradores , adquiriu maior importância do que a divisão ideológica leste oeste. Como afirmaram líderes do Terceiro Mundo, representantes de 40 nações, no Plano de Ação de Lagos: " Foi nos imposto um sistema econômico que limita a amplitude de utilização dos nossos recursos naturais, e que nos coloca numa camisa-de-força , levando-nos a produzir o que não consumimos e a consumir o que não produzimos , bem como a exportar matérias primas a preços baixos e em geral declinantes , para importar produtos acabados ou semi-acabados a preços elevados e crescentes. Nenhum programa de libertação econômica pode ter sucesso se não se romper esse sistema de subjugação e de exploração. ". É esse terrível sistema de exploração , patrocinado pelo capitalismo financeiro internacional, que conduz ao crescente endividamento externo de diversos países do Terceiro Mundo, entre os quais o Brasil. Enquanto persistir esse sistema de injustiças , de fome e de miséria assolando mais da metade da Humanidade, haverá sempre um foco potencial de guerras e de conflitos e entre os homens . A tão sonhada paz universal somente poderá ser atingida na base de uma autêntica solidariedade entre os povos do mundo. São inúmeros os obstáculos que levantam contra a construção de um novo regime de convivência social , fundado no respeito à dignidade de todos os povos . Apesar das gigantescas dificuldades , a construção de um mundo melhor é uma luta que deve ser assumida pelas gerações conscientes. Afinal, parafraseando o poeta Fernando Pessoa, lutar vale a pena , se a alma não é pequena.

América Latina


Os diversos países do continente americano estiveram , durante o século XX , sob a influência direta dos Estados Unidos . Com o agravamento das tensões internacionais decorrentes da guerra fria, os Estados Unidos fizeram absoluta questão manter sua hegemonia no continente americano , preservando seus interesses econômicos e estratégicos. Em todo o continente americano somente dois países conseguiram escapar à hegemonia dos Estados Unidos e instalar regimes socialistas: Cuba e Nicarágua . Em 1959, ocorreu em Cuba uma revolução liderada por Fidel Castro, que derrubou a ditadura de Fulgêncio Batista, apoiada pelos Estados Unidos . Com a ajuda econômica cubana, melhorando o nível geral de vida da população. No início da década de 60, os Estados Unidos tentaram por todos os meios sabotar a revolução cubana de Fidel Castro , pressionando os demais países latino-americanos a aderir ao bloqueio econômico contra Cuba. Em 1962, Cuba foi expulsa da OEA - Organização dos Estados Americanos . Nesse mesmo ano surgiu séria crise entre Estados Unidos e URSS, porque está pretendia instalar uma base de mísseis soviéticos em território cubano. Os Estados Unidos , então , não permitiram a instalação da base militar soviética. Desde 1936, a Nicarágua foi dominada pela família Somoza, que, apoiada pelos Estados Unidos, manteve-se no poder através de uma cruel ditadura. Inspirado nos ideais nacionalistas e libertários do líder Augusto César Sandino, assassinado em 1935 por ordem de Anastácio Somoza Garcia , formou-se na Nicarágua o movimento sandinista, que durante anos lutou contra a ditadura dos Somoza. Somente em 1979 é que a FSLN - Frente Sandinista de Libertação Nacional reuniu forças para derrubar do poder o brutal ditador Anastácio Somoza Debayle. Instalados no governo , os líderes Sandinistas, como Daniel Ortega , têm enfrentado grandes dificuldades para tentar estabelecer no país um regime mais digno do povo nicaraguense . Entretanto , a administração do presidente Ronald Reagan , dos Estados Unidos, tem-se revelado terrível inimiga da revolução nicaraguense . Patrocinando atos de terrorismo , elementos ligados ao governo dos Estados Unidos estão empenhados em bocoitar a estabilização do governo Sandinistas . E apesar de todas as adversidades, até a presente data os Sandinistas tem conseguido manter-se à frente do governo nicaraguense. 

Reforma de João Calvino

João Calvino (1509-1564) nasceu em Noyon , França, onde desenvolveu seus estudos de Teologia e de Direito. Já adulto , foi influenciado por Guillaume Farel e aderiu às idéias protestantes. Em 1534, quando as autoridades católicas francesas começaram  a perseguir os suspeitos  de heresias , Calvino decidiu fugir para  a Suíça , indo primeiramente para a Basiléia e depois para a cidade de Genebra. No ano de 1536, Calvino publicou sua principal obra , denominada Instituição da Religião Cristã. Nessa obra, Calvino afirmava que o ser humano estava predestinado  por Deus a merecer o Céu ou o Inferno , explicando que, por culpa de Adão , todos os homens já nasciam pecadores. Deus , entretanto , elegeu alguns homens para serem salvos, enquanto outros seria condenados . Nada que os homens pudessem fazer em vida seria capaz de mudar seu destino , já traçado por Deus. A elevada conduto religiosa e moral de uma pessoa podia ser interpretada como eleitos por Deus à salvação . Tais pessoas , os eleitos por Deus à salvação . Tais pessoas , os eleitos por Deus à salvação . Tais pessoas ,  os eleitos , sentiram dentro do seu coração um natural desejo de combater o mal exemplo existente no mundo , simplesmente para a glória de Deus. Em 1538, Calvino foi expulso da Suíça , devido aos seus excessos de rigor e de autoritarismo.  Entretanto , conseguiu retornar em 1541 e consolidou seu poder em Genebra , tornando-se senhor absoluto do Governo e da nova Igreja Calvinista , até o ano de 1561. Durante esse período , Genebra viveu em regime de caráter teocrático , em que os interesses religiosos e políticos se confundiam . Entre os órgãos criados pelo governo calvinista , destacava-se  o Consistório , encarregado da vigilância moral dos cidadãos e da solicitação de castigos contra as atitudes consideradas anti-sociais e anti-religiosas. Entre as atitudes condenadas pelo calvinismo , citam-se , por exemplo, o jogo , o culto a imagens , por exemplo , o jogo , o culto  a imagens , dança , o adultério e a heresia . As penas variavam conforme a gravidade do crime, sendo que diversas pessoas foram condenadas à morte, entre elas o médicos Miguel de Servet.

Processo de Conhecimento

A teoria das ideias também costuma ser estudada em seus aspectos epistemológicos , isto é , como uma teoria sobre o conhecimento verdadeiro (epistemologia). É que , para Platão , o processo de conhecimento desenvolve-se por meio da passagem progressiva do mundo sensível , das sombras e aparências , para o mundo das ideias , das essências (ou seres verdadeiros). A primeira etapa desse processo é denominada pelas impressões ou sensações advindas dos sentidos. Essas impressões sensíveis são responsáveis pela opinião que temas da realidade. A opinião representa o saber que se adquire sem uma busca metódica. O conhecimento , porém, para ser autêntico , deve ultrapassar a esfera das impressões sensoriais , o plano da opinião , e penetrar na esfera racional da sabedoria , o mundo das ideias. Para atingir esse mundo, o ser humano não pode ter apenas "amor às opiniões" (filodoxia) ; precisa possuir um "amor ao saber" (filosofia). O método proposto por Platão para realizar essa passagem e atingir o conhecimento autêntico (episteme) é a dialética. Equivalente aos diálogos críticos de Sócrates , a dialética socrático-platônica consiste , basicamente , na contraposição de uma opinião à crítica que dela podemos fazer , ou seja, na afirmação de um tese qualquer seguida de uma discussão e negação dessa tese, com o objetivo de purificá-la dos erros e equívocos , e permitir um ascese até as idéias verdadeiras. Somente quando saímos do mundo sensível e atingimos o mundo racional das ideias é que alcançamos também  o domínio do ser absoluto , eterno e imutável. Nesse mundo das idéias só podemos entrar, segundo Platão, através do conhecimento racional , científico ou filosófico.


A Segunda Geração Modernista Brasileira


Do ponto de vista histórico e político , o ano de 1930 inaugura um novo período no Brasil . Com o desgaste da política do café com leite , que caracterizou a Primeira República , os conflitos gerados pelas insurreições militares (Tenentismo e Coluna Prestes) , a crise política das oligarquias e a "quebra" da Bolsa de Nova Iorque (1929) , entre outros fatores , deflagra-se a Revolução de 30 e , com ela , abre-se um espaço de mudanças. É o início da Era Vargas , marcada pela preocupação em promover a conciliação entre os setores agrários e os urbanos e em diversificar o capital , até então concentrado no café. A tendência à industrialização acentua-se , remodelando nossa estrutura econômica agroexportadora .  A modernização dos engenhos açucareiros do Nordeste faz parte desse quadro geral de mudanças e constitui um dos grandes temas da prosa neorrealista da época , que estudaremos em breve. Em termos culturais amplos , trata-se de um momento de busca de novos caminhos : filosóficos , sociais , políticos , existenciais. Na literatura , a segunda geração do Modernismo é a expressão desse momento.

Luta de Classes


De acordo com Marx , caberia à classe social que possui , nesse momento, um caráter revolucionário intervir por meio de ações concretas, práticas, para que essas transformações ocorram. Foi o que aconteceu , por exemplo, na passagem do feudalismo ao capitalismo, com as revoluções burguesas. Marx sintetiza essa análise na afirmação de que a luta de classes é o motor da história , isto é, a luta de classes faz a história se mover . Por isso , no Manifesto Comunista (1948), escrito em parceria com Engels , Marx afirma:

"A história de todas as sociedades que existiram até os nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Homem livre e escravo , patrício e plebeu , senhor e servo, mestre de corporação e aprendiz; numa palavra , opressores e oprimidos , em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta , ora franca , ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre , ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta."

De acordo com Marx, o capitalismo também criou uma classe revolucionária que, em virtude de suas condições de existência , deve se organizar para, no momento oportuno, fazer a revolução social rumo ao socialista. Essa classe revolucionária seria o proletariado.





Teoria dos Ídolos

Para Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental , tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o ser humano. Mas, para isso, era necessário que os cientistas se libertassem daquilo que denominava ídolos, isto é, falsas noções , preconceitos e maus hábitos mentais. Em sua obra Novum Organum, o filósofo destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana e prejudicam a ciência:

1- Ídolos da Tribo - as falsas noções provenientes das próprias limitações da natureza da espécie humana;

2- Ídolos da Caverna - as falsas noções do ser humano como indivíduo (alusão ao mito da caverna de Platão);

3- Ídolos do Mercado Ou Do Foro - As falsas noções provenientes da linguagem e da comunicação ; e

4- Ídolos do Teatro - as falsas noções provenientes das concepções filosóficas , científica e culturais vigentes. 


A Independência Das Colônias Espanholas da América


Até o início do século XIX, a Espanha dominava vasta região do continente americano , cuja administração estava dividida em quatro grandes vice-reinos :

• Vice-reinos da Nova Espanha : formado em 1535;

• Vice-reino de Nova Granada : formado em 1718;

• Vice-reino do Peru : formado em 1543;

• Vice-reino do Prata : formado em 1776.

Os ideais nacionalistas iluministas presentes na independência dos Estados Unidos e, posteriormente , na Revolução Francesa inspiraram a burguesia colonial espanhola a lutar contra o domínio colonial da Espanha. Através de diversas revoltas nacionalistas , que abrangeram o período de 1811 a 1828, os diversos países da América espanhola foram alcançando suas independências políticas. Entre os grandes líderes da luta pela independência , principalmente na América do Sul, destacam-se as figuras de Simón Bolivar (1783-1830) , considerado o libertador da Venezuela, da Colômbia e do Equador , e de San Martín (1778-1850), considerado o libertador da Argentina , do Chile e do Peru.  Nenhum país da Europa empenhou-se em fornecer ajuda para os movimentos nacionalistas que buscavam a independência na América espanhola. Por razões econômicas , somente  a Inglaterra mostrou-se favorável à independência , pois , desenvolvendo a senha industrialização , pois, desenvolvendo a industrialização , tinha interesses em conquistar os mercados americanos. Para isso, entretanto, era preciso quebrar o monopólio espanhol , que impedia de comerciar livremente seus produtos industrializados . Os Estados Unidos , já revelando suas pretensões de manter o continente americano sob sua influência , divulgaram , em 1824, através de seu presidente , James Monroe , a doutrina que tinha como lema "A América Para Os Americanas" (doutrina Monroe). 

Igreja Anglicana : Jogo da Forma e do Conteúdo


A Igreja Anglicana procurou manter a forma religiosa tradicional do catolicismo , introduziu em seu a doutrina elementos do conteúdo protestante (salvação pela fé , permissão para casamento dos sacerdotes etc.) . Essa foi a solução encontrada pela monarquia inglesa para favorecer a convivência social dos grupos religiosos rivais existentes no país. Dentro da Igreja Anglicana . a ênfase na forma católica ou no conteúdo protestante foi manejada pela monarquia , de acordo com as circunstâncias históricas de cada momento. Se a monarquia quisesse agradar aos protestantes , valorizava o conteúdo dos cultos ; se quisesse agradar aos católicos , valorizava a forma (ritos) da cerimônia religiosa . 

Separação Dos Poderes

É de autoria do pensador francês Charles de Secondat , mais conhecido como barão de Montesquieu (1689-1755) , a teoria a respeito de uma das características mais interessantes do Estado moderno : a divisão funcional dos três poderes. Ao refletir sobre a possibilidade de abuso do poder nas monarquias , Montesquieu propôs que se estabelecesse a divisão do poder politico em três instâncias : poder executivo ( que executa as normas e decisões relativas à administração pública ), poder legislativo (que elabora e aprova as leis) e poder judiciário ( que aplica as leis e distribui a proteção jurisdicional pedida aos juízes). Em obra "O espírito das leis (1748) , Montesquieu assim descreve sobre a questão dos poderes:

"Quando os poderes legislativo e executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado , a liberdade desaparece [...] Não haverá também liberdade se o poder judiciário se unisse ao executivo , o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se una mesma pessoa ou instituição do Estado exercesse os três poderes: o de fazer as leis , o de ordenar a sua execução e o julgar os conflitos entre os cidadãos. " (p.168)

Embora já houvesse na época uma divisão de poderes próxima da proposta por Montesquieu , é. significativa em sua obra a ênfase atribuída à necessidade de separação desses poderes, que devem ser exercidos por pessoas diferentes, e à necessidade de equilíbrio entre eles.


segunda-feira, 29 de abril de 2019

Passividade e Voz Passiva

Veja as frases:

Os  pais sempre aprendem com os filhos.

O cantor recebeu muitos aplausos.

Os sujeitos "pais" e "cantor" são considerados agentes, embora não pratiquem ação alguma. O conceito de sujeito é puramente gramatical , pois nem sempre coincide com o elemento que realmente pratica a ação gramatical , pois nem sempre coincide com o elemento que realmente pratica a ação. Muitas vezes o próprio significado do verbo elimina a ideia de ação, implicando noção de passividade que se manifesta também na voz ativa. Exemplo:

O prefeito sofreu críticas severas.

Gramaticalmente , o sujeito o prefeito é agente , embora receba a ação expressa pelo verbo.

Passividade é , portanto , a qualidade que um sujeito pode apresentar em relação ao processo expresso pelo verbo . Nem sempre a passividade é expressa pela voz passiva.

Essa noção  de passividade ainda pode ser expressa pelo verbo no infinito. Veja : 

Exercício difícil de fazer.

Observe que o infinito tem forma ativa mas implica a ideia de passividade (ser feito).

A voz passiva ainda pode ser formada por outros verbos auxiliares como "estar", andar", "ficar" , ir", "vir", "viver", etc.:

O bar esteve interditado pela polícia.

O bar ficou interditado pela polícia.

O bar vive interditado pela polícia.

sua queixa sempre vinha precedida de dores.

O gado ia tangido pela seca.


Mito da Ciência

Apesar dessas novas percepções , para a sociedade em geral a ciência ainda é um mito. O pensador brasileiro Rubem Alves (1933) chama a atenção para o perigo de mitificar a ciência e os cientistas. Ele afirma:

" O cientista virou um mito. E todo mito é perigoso , porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento. Este é um dos resultados engraçados ( e trágicos) da ciência. Se existe uma classe especializada em pensar de maneira correta ( os cientistas) , os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientistas mandam. " (Filosofia da ciência, p. 11)

Ao fazer essa observação , Rubem Alves propõe algumas questões em relação ao conhecimento cientifico e ao poder que esse conhecimento adquiriu na sociedade contemporânea . A primeira diz respeito à diferença entre o conhecimento científico e o conhecimento comum , isto é, o senso comum , da maioria das pessoas : será o conhecimento cientifico superior? A segunda concerne ao estatuto do conhecimento científico , encarado como modo de pensar correto : será a ciência sempre correta , perfeita , absoluta? Finalmente , a terceira refere-se propriamente ao poder que o saber cientifico confere a quem o detém , o poder de induzir o comportamento das pessoas e autoproclamar-se conhecer da verdade sobre determinados assuntos: será o cientista neutro?




Critério da Verificabilidade


Um grupo de cientistas que marcou a filosofia da ciência foi o chamado "Círculo de Viena" , formado na década de 1920 por cientistas de diversas áreas , tais como o físico alemão Moritz Schlick (1882-1936) , os matemáticos alemães Hans Hahn (1879-1934) e Rudolf Carnap (1891-1970) e o sociólogo e economista austríaco Otto Neurath (1882-1945) , entre outros. O Círculo de Viena desenvolveu o neopositivismo, também denominado positivismo lógico ou ainda empirismo lógico , que pretendeu formar uma concepção cientifica do mundo isenta de qualquer especulação:

"As proposições fatuais são, pois, o fundamento de todo saber , mesmo que elas precisem ser abandonadas no momento de transição para afirmações gerais. Estas proposições estão no início da ciência. o conhecimento começa com a constatação dos fatos. " (Schlick, O Fundamento do Conhecimento , p. 46).

Em suas reflexões acerca do procedimento cientifico, enfatizou de clareza e precisão e propôs o critério da verificabilidade para validar uma teoria cientifica. Em outras palavras , a teoria, para ser aceita como verdadeira, deveria passar pelo crivo da verificação empírica.




Substantivos Concretos e Abstratos


Leia:

"Alguns neurotransmissores- substâncias produzidas pelo organismo - são responsáveis pela sensações de prazer e bem-estar. Praticar sexo ou esporte , ingerir alguns alimentos , como chocolate e banana , e até mesmo rezar aumenta a quantidade dessas fontes naturais de felicidade. " (Jornal do Brasil)

As palavras destacadas no texto são substantivos . Quanto à área de significado a que pertencem , podem ser divididas em dois grupos:

-Grupo A [Substantivos Concretas]

substâncias
chocolate
banana


-Grupo B [Substantivos abstratos]

prazer 
bem-estar
felicidade

Os substantivos do grupo A são concretos: designam seres com existência  própria , que independem de outros seres. Os substantivos do grupo B designam sensações e estados , ou seja , seres que dependem de outros para se manifestarem. São substantivos abstratos.

Substantivo concreto é aquele que designa o ser com existência própria e independente de outros seres. Esses seres podem ter existência no mundo real ou no imaginário.

A galinha do vizinho ovo amarelinho.

Costumava trabalhar resmungando todo o tempo para si mesma e para as almas , os anjos e demônios que sentia permanentemente ao seu redor. (É Veríssimo)

Substantivo abstrato é aquele que designa seres que têm existência dependente de outros seres; ações , sensações , estados , qualidades, processos ; enfim , tudo o que só pode existir quando intermediado por outro ser; tudo o que representar conteúdos abstratos será nomeado por esse tipo de substantivo.

Esclarecendo melhor: quando se afirma que o substantivo beleza é um substantivo abstrato , está se subentendendo a ideia de que a beleza não existe por si só , não pode ser observada em si . O que podemos observar é a manifestação da beleza em pessoas , animais , objetos , situações , etc.

Os substantivos abstratos que designam ações apresentam afinidade com os verbos : corrida (correr) , viagem (viajar), vôo (voar) , etc. 

Resposta Liberal Sobre Função do Estado

E para que se desenvolveu o Estado? Qual seria sua função na sociedade?  Não existe consenso sobre essa questão , embora muitas respostas já tenham sido dadas. Mas podemos destacar duas, que representam pensamentos opostos: uma é fornecida pela corrente liberal, e a filosofia outra , pela corrente te marxista. A corrente liberal centra sua análise em qual deve ser a função do Estado. Assim , de acordo com o liberalismo , o Estado deve agir como mediador dos conflitos entre os diversos grupos sociais , enfrentamentos inevitáveis aos indivíduos . O Estado deve promover a conciliação dos grupos sociais, amortecendo os choques dos setores divergentes para evitar a desagregação da sociedade . Sua função é, portanto, a de alcançar a harmonia entre os grupos rivais, preservando os interesses do bem comum. Entre os pensadores liberais clássicos destacam-se os iluministas John Locke e Jean-Jacques Rousseau, cujas concepções política veremos em breve. 

Flexão De Gênero


Gênero é o termo que a gramática utiliza para enquadrar as palavras variáveis da língua  em masculinas ou femininas . Na gramática há , portanto , gênero masculino e gênero feminino . Apresentam flexão do gênero as seguintes classes de palavras substantivo , adjetivo , pronome e numeral. Não se deve confundir gênero com sexo , pois a noção de gênero se aplica não só a seres animais (providos de sexo) como também a coisas (logicamente , desprovidas de sexo) . Exemplos:

Palavras do gênero masculino

seres animais : moço , menino , leão , gato , cantor

coisas : pente ,  revista , fumaça , raiva , chuva

As demais palavras que admitem esse tipo de flexão (artigo , adjetivo , pronome e numeral) acompanham o gênero do substantivo a que se referem . Exemplos:

as crianças órfãs

pequenos índios

esses meninos

duas crianças


Nominalismo


Por sua vez , os defensores do nominalismo sustentavam a tese de que os termos universais , tais como beleza e bondade , não existiram em si mesmos , pois seriam somente palavras , sem existência real . Para os nominalistas , o que há são apenas os seres singulares , e o universal não passa , portanto , de um nome , uma convenção. Essa era a posição do filósofo francês Roscelin de Compiègne (1050-1120) , autor segundo o qual só existira a individualidade - logo , anulam-se os termos universais . Roscelin também negava que Deus pudesse ser uno e trino ao mesmo tempo, porque , para ele , cada pessoa da trindade seria uma individualidade separada. Entre essas duas posições contrárias surgiu uma terceira , o Realismo Moderado , sustentado por Pedro Abelardo (1079-1142) . Para esse filósofo , só existiriam as realidades singularidades , mas seria possível buscar semelhanças entre os seres individuais , por meio da abstração, de maneira tal a gerar os conceitos universais. Esses conceitos não seriam , de acordo com Abelardo , nem entidades metafísicas (posição do realismo) nem palavras vazias (posição do nominalismo) , e sim discursos mentais , categorias lógico-linguísticas que fazem a mediação , a ligação entre o mundo do pensamento e o mundo do ser . A importância da questão dos universais está não só no avanço que essa discussão possibilitou em relação à busca do conhecimento da realidade , mas também porque , através dela alcançou-se um ato nível de desenvolvimento lógico-linguístico. Isso propiciou o fortalecimento de uma razão autônoma em relação à teologia , já por volta do século XII. A filosofia de Tomás de Aquino (1226-1274) - o tomismo- parece ter nascido com objetivos claros : não contrariar a fé. De fato, sua finalidade era organizar um conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo. Assim, Tomás de Aquino reviveu em grande parte o pensamento aristotélico em busca de argumentos que explicassem os principais aspectos da fé cristã . Enfim , fez da filosofia de Aristóteles um instrumento a serviço da religião católica , ao mesmo tempo em que transformou essa filosofia numa síntese original.

Narrar e Dissertar

Depois de tão variadas experiências de leitura e escrita com narrativas , você será capaz de organizar o que aprendeu neste esquema-síntese da narração.

¤Tipos de Personagens

-Personagens principais : protagonistas x antagonistas.

-Personagens-auxiliares ou ajudantes.

¤Apresentação de Personagens

-Apresentação direta : descrição de traços físicos e/ou psicológicos.

-Apresentação indireta : ações , comportamentos , acontecimentos vividos pelas personagens , falas.

¤Tipo de discurso

-Direto

-Indireto

-Indireto Livre

¤Organização do Enredo

-Enredo Linear : Começo - meio - fim - sucessão contínua , lógica e cronológica , de acontecimentos.

-Enredo não-linear: descontinuidade temporal , cortes ou saltos na sequência de ações , quebra da continuidade lógica e cronológica dos acontecimentos.

-Tempo cronológico : dos relógios , objetivamente marcado.

-Tempo psicológico : da duração interior das vivências.

¤Focos Narrativos

- Narrador-personagem: em 1¤. Pessoa.

- Narrador-observador: em 3¤.pessoa.

-Narrador-onisciente: em 3¤ e 1¤ pessoas.

Com as experiência narrativas , percebemos muitas de nossas possibilidades de criação a partir da memória e da imaginação . Inúmeras vozes , adormecidas na rotina do dia-a-dia , ressurgem em nós, fazendo nascer e crescer personagens e enredos que passamos a viver.  Agora , vamos ler um texto de outra natureza. Ele não é narrativo. Você poderá observar que ele se organiza de modo diferente. Sua finalidade não é contar uma história. Tente perceber sua característica comum.

"Se o que estuda assume realmente uma posição humilde , coerente com a atitude crítica , não se sente diminuído se encontra dificuldades , às vezes grandes , para penetrar na significação mais profunda do texto. Humilde e crítico , sabe que o texto , na razão mesma em que é um desafio , pode estar mais além de sua capacidade de resposta. Nem sempre o texto se dá facilmente ao leitor. Neste caso , o que deve fazer é reconhecer a necessidade de melhor instrumentar-se para voltar ao texto em condições de entendê-lo . Não adianta passar a página de um livro se sua compreensão não foi alcançada . Impõe-se , pelo contrário, a insistência na busca de seu desenvolvimento. A compreensão de um texto não é algo que se recebe de presente. Exige trabalho paciente de quem por ele se sente problematizado. Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros lidos num semestre. Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.

¤Paulo Freire. Ação Cultural para a Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.

Derivação

Observe :

amor - palavra primitiva

desamor/amoroso - palavras derivadas

Derivação é o processo pelo qual se forma uma palavra a partir de outra já existente na língua. Essencialmente , a derivação é um processo de combinação  binária entre uma base e um afixo . A combinação de três elementos é mais rara, como veremos. A palavra que pode se origina de outra língua chama-se derivada. Exemplo: 

dente -  palavra primitiva ,  pois não deriva de nenhuma outra da língua portuguesa.

Algumas palavras derivadas de dente.

dente + al - dental (relativo a dente)

dente + ista - dentista (profissional que trata das moléstias dentárias)

dente + ina - dentina (o marfim dos dentes)

A derivação pode ser prefixal , sufixal , parassintética , regressiva e imprópria. 

As Partes Da Gramática

A gramática normativa é dividida em três grandes partes: fonética, morfologia e sintaxe. A fonética estuda os sons da fala ; a  morfologia consiste no estudo das classes gramáticas e dos elementos formadores das palavras . Jé a sintaxe estuda:

a. a concordância: processo pelo qual uma palavra variável se flexiona em gênero , número , grau e pessoa para se adaptar a outra a qual se relaciona. Exemplo:

Exército socorre Banco . (Folha de S. Paulo)

(A forma verbal "socorre" está na 3 pessoa do singular , concordando em número e pessoa com o sujeito "Exército".)

b. a regência : relação de dependência entre palavras e expressões . Exemplo:

Na frase "Exército necessita de apoio" , o verbo "necessitar"  rege , isto é , pede preposição entre ele e seu complemento.

c. a colocação : disposição das palavras na frase e das frases no texto.

Exemplo: Na frase "O Exército não o socorreu", pronome o deve ser colocado antes do verbo e não depois.

d. a análise sintática: as funções das palavras e das orações.


domingo, 28 de abril de 2019

Urbanização E Modernização


O Brasil , no fim do século XIX , passou por um acelerado crescimento urbano. Com a abolição da escravatura , para fugir  das relações opressoras que permaneciam no campo, muitos ex-escravos migravam para as cidades. Grande parte deles ocupou cortiços na região central dessa localidades e se sujeitou a trabalhos instáveis , de domésticos , vendedores de rua , carregadores , carroceiros , etc. Enfrentando os preconceitos e desigualdades , nesse período , foram poucos os que conseguiram construir certa ascensão social. O aumento populacional das cidades era reforçado ainda pela quantidade de imigrantes que se deslocavam  para o país. Muitos deles , não conseguindo se fixar nas fazendas de café do Sudeste, procuravam melhores condições de sobrevivência por meio do trabalho no comércio ou nas indústrias dos centros urbanos. Com um crescimento tumultuado e desordenado e casas lotadas , sem esgoto e abastecimento de água e com pouca infraestrutura , as cidades eram palco do desenvolvimento de uma série de epidemias e endemias. Essa insalubridade contrariava os planos da elite urbana , influenciada pelas ideias de progresso , civilização , modernidade e bom gosto , advindas da Europa , sobretudo , de Paris. Assim , a partir do final do século XIX , diversas reformas urbanas foram realizadas nas principais cidades do pais , especialmente , na capital federal. Entre 1890 e 1910 , principalmente , sob a liderança do prefeito-engenheiro Pereira Passos (1836-1913) e do médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) , a cidade do Rio de Janeiro sofreu intensas transformações. Grandes avenidas foram abertas a antigas ruas , alargadas e calçadas . O saneamento da cidade teve prosseguimento com a reforma do porto , a melhoria nos transportes por bondes e a criação de redes de esgoto e abastecimento de água nas vias públicas. Grandes edifícios , como a Biblioteca Nacional e o Teatro Municipal, foram criados. Por trás de todas essas reformas , havia a intenção de recuperar a imagem da cidade , tornando-a mais atrativa aos investimentos estrangeiros.  No entanto , as intervenções urbanísticas trouxeram um alto custo para a população pobre que habitava um alto custo para a população pobre que habitava o centro da cidade. A demolição do antigo centro transformou-se em uma espécie de guerra contra a pobreza , com a derrubada dos cortiços e "casas de cômodo" e a repressão dos costumes populares e atividades tradicional. Além da derrubada das casas , sem indenização para os despejados e suas famílias , uma política de especulação imobiliária , com o aumento dos alugueis , foi implementada.
Essa situação obrigou a maioria da população a se transferir para os subúrbios ou morros , onde , mais tarde , a aglomeração de casas em condições precárias recebeu o nome genérico de "favela". Atônita e sem um poder público ao qual recorrer , a população esboçou poucas reações. Parte das contestações populares às reformas materializou-se na Revolta da Vacina  . Para combater os surtos de varíola , Oswaldo Cruz implantou uma vacinação obrigatória . Porém muios - estouvadores de portos , militares , médicos tradicionais , entre outros - eram contrários a essa medida. O modo arbitrário com algumas ações foram desenvolvidas , sem esclarecimentos e com violência , levou grande parte da população a um motim. Este só foi debelado após dez dias , com auxílio de tropas de Minas Gerais e São Paulo. De qualquer forma , parte das elites urbanas brasileiras viveu sua belle époque na virada do século XIX para o XX. Diante dos impactos da revolução científica e tecnológica , ocorrida a partir dos países industrializados, a crença no progresso se generalizou.  Mudanças  de dimensões nunca vistas trouxeram , entre muitas coisas , o navio a vapor , a luz elétrica , o automóvel , o telefone e a fotografia. O desejo de se ajustar ao ritmo europeu ganhou entusiasmo ainda maior com a notícia de que o brasileiro Santos Dumont (1873-1932) conseguiu a Torre Eiffel com seu 14-Bis. Como se viu , a modernidade nacional foi marcada por grandes contrastes entre o país real e o desejado pelas elites intelectuais e políticas.



Filosofia e História Para Hegel

A história , para Hegel, é o desdobramento do espírito objetivo. Vejamos por quê. O espírito objetivo é a realização da liberdade humana na sociedade. Manifesta-se no direito , na moralidade e na "eticidade" , englobando família , sociedade e Estado. O Estado político é o momento mais elevado do espírito objetivo , de tal forma que o indivíduo só existe como membro do Estado, conforme afirma o filósofo em Princípios da Filosofia do Direito. A história seria , portanto, o desdobramento do espírito no tempo. A filosofia da história deve captar o movimento histórico não como momentos estanques , mas do ponto de vista da razão, do absoluto . Desse ponto de vista , a história é uma contínua evolução da ideia de liberdade , que se desenvolve segundo um plano racional. Assim, para Hegel, os conflitos , as guerras , as injustiças , as dominações de um povo sobre outro deveriam ser compreendidos como contradições , como momentos negativos que funcionam como mola dialética que move a história . Nos termos da dialética hegeliana , esses momentos seriam a antítese , que se contrapõe à tese , fazendo surgir uma etapa superior , que seria a síntese. Assim, se para Hegel , como vimos antes , tudo que é real é racional, e tudo que é racional é real, todas as coisas existentes , mesmo as piores , fazem parte de um plano racional e , portanto , têm um sentido dentro do processo histórico. Esse conceito hegeliano recebeu inúmeras críticas , já que pode levar a um certo conformismo ou a passividade diante das injustiças sociais.

Noção de Cosmos - Aristóteles


Aristóteles também concebeu um modelo de universo extremamente organizado e racional (cosmos , como vimos antes) no qual a Terra tinha um lugar privilegiado , o centro (o geocentrismo) , embora fosse também o de menor perfeição (concepção platônica , o mundo corruptível da matéria).  De acordo com esse modelo, o universo seria finito espacialmente e composto de diversas esferas concêntricas. A menor seria a da Terra ; a maior , a das estrelas  fixas. A esfera correspondente à Lua dividiria o espaço em duas regiões , com qualidades totalmente distintas :  a região terrestre (mundo sublunar) , mutável e imperfeita , e a região celeste (mundo supralunar) , imutável e perfeita , onde habitariam os deuses. Organizado hierarquicamente , o cosmos aristotélico trazia consigo a noção de espaço qualitativo : cada corpo (ou ser) teria uma qualidade e um lugar que lhe seriam próprios , e a esse lugar ele tenderia por natureza.  Assim, de acordo com Aristóteles , quando atiramos uma pedra para cima e ela volta ao chão, isso ocorre porque esse é seu lugar natural. Pela mesma razão, a água  tende a descer , enquanto o ar e o fogo tendem a subir. Durante a Idade Média , essa concepção do universo pôde ser incorporada pelos pensadores cristãos e adotada oficialmente pela Igreja Católica , pois garantia um posto privilegiado para o ser humano ( no centro da criação) , além de permitir que Deus pudesse ser identificado com o primeiro motor e tivesse seu lugar natural no céu (fora do mundo) , de onde podia comandar sua obra. Não havia , portanto , conflito com as escrituras sagradas , que ganhavam em racionalidade com o modelo aristotélico.



Moral e Direito


Eis uma questão que talvez você esteja se fazendo: "Normas morais e normas jurídicas são a mesma coisa ? Há diferença entre elas?" Sabemos que as normas morais e as normas jurídicas são estabelecidas pelos membros da sociedade , e ambas destinam-se a regulamentar as relações nesse grupo de pessoas. Há , então, vários aspectos comuns entre normas morais e jurídicas. Por exemplo :

¤Apresentam-se como imperativos , ou seja, normas que devem ser seguidas por todos ;

¤buscam propor , por meio de normas , uma convivência melhor entre os indivíduos;

¤orientam-se pelos valores culturais próprios de uma determinada sociedade;

¤têm um caráter histórico , isto é , mudam de acordo com as transformações histórico-sociais.

No entanto, a despeito dessas semelhanças , há diferenças fundamentais entre a moral e o direito :

¤ as normas morais são cumpridas a partir da convicção pessoal de cada indivíduo , enquanto as normas jurídicas devem ser cumpridas sob pena de punição do Estado em caso de desobediência ;

¤ a punição , no campo do direito , está prevista na legislação , ao passo que, no campo da moral , a eventual sanção pode variar bastante , pois depende fundamentalmente da consciência moral do sujeito que infringe a norma ;

¤a esfera da moral é mais ampla , atingindo diversos aspectos da vida humana , enquanto a esfera do direito restringe-se a questões específicas nascidas da interferência de condutas sociais. O direito costuma ser regido pelo princípio de que tudo é permitido que se faça , exceto aquilo que a lei expressamente proíbe; ¤ a moral não se traduz em um código formal, enquanto o direito sim ;

¤ o direito mantém uma relação esteira com o Estado, enquanto a moral não apresenta essa vinculação.

De todas essas diferenças , talvez uma mereça maior destaque : a coercibilidade da norma jurídica , que conta com a força e a repressão potencial do Estado (através da ação da justiça e da polícia) para ser obedecida pelas pessoas. A norma moral, por sua vez , não é sustentada pela coerção do Estado , que implica que ela depende , de certo modo , da aceitação de cada indivíduo para ser cumprida. Por isso, a norma moral costuma ser vinculada , por alguns filósofos à ideia de liberdade.

Distinção Entre Moral e Ética


O que é moral ? E qual a diferença entre moral e ética ? Embora os termos ética e moral por vezes sejam usados como sinônimos , é possível fazer uma distinção entre eles. A palavra moral vem do latim "mos , mor -", "costumes" , e refere-se ao conjunto de normas que orientam o comportamento humano tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade ou cultura. Como as comunidades humanas são distintas entre si, tanto no espaço quanto no tempo , os valores também podem ser distintos de uma comunidade para outra , o que origina códigos morais diferentes. Pertence ao vasto campo da moral e definição sobre questões fundamentais , como :

¤ O que devo fazer para ser justo?

¤ Quais valores devo escolher para guiar minha vida?

¤ Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida ?

¤ Que tipo de ser humano devo ser nas relações comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza?

¤Que tipo de atitudes devo praticar como pessoa e como cidadão?

A palavra ética , por sua vez , vem do grego "ethikos" , "modo de ser" , "comportamento". Portanto , etimologicamente os dois termos querem dizer quase a mesma coisa. No entanto, ética designa mais especificamente a disciplina filosófica que investiga o que é a moral , como ela se fundamenta e se aplica. Ou seja , a ética estuda os diversos sistemas morais , elaborados pelos seres humanos , buscando compreender a fundamentação das normas e interdições (proibições) próprias a cada um e explicitar seus pressupostos , isto é , as concepções sobre o ser humano e a existência humana que os sustentam. Nesse sentido , a ética é uma disciplina teórica sobre uma prática humana , que é o comportamento moral. No entanto , as reflexões éticas não se restringem  à busca de conhecimento teórico sobre os valores humanos , cuja origem e desenvolvimento levantam questões de caráter sociológico , antropológico , religioso etc. Como filosofia prática , isto é , disciplina teórica com preocupações práticas , a ética orienta-se também pelo desejo de unir o saber ao fazer , ou seja , busca aplicar o conhecimento sobre o ser para construir aquilo que deve ser . E, para isso, é indispensável boa parcela de conhecimento teórico. Veremos a seguir algumas concepções fundamentais no campo da ética , bem como as discussões que despertam.


Transformações Da Moral


Dissemos que o sistema moral de cada grupo social é elaborado ao longo do tempo de acordo com os valores reconhecidos por aquele grupo como significativos para a convivência social. Em um primeiro momento , esses valores são adquiridos pelos indivíduos como uma herança cultural. Cada pessoa assimila , desde a infância , as noções do que é bom e desejável, bem como do que é ruim , desaconselhável ou repugnante. De acordo com esses valores , passará a julgar como bons ou maus seu próprio comportamento e o dos outros. No entanto, é importante notar que , apesar desse caráter social , a moral tem também um aspecto pessoal, como salientaram vários filósofos. Ou seja , embora herdemos um conjunto estabelecido de normas morais , chega um momento em nossa vidas em que podemos refletir sobre elas , aceitá-las consciente e livremente ou rejeitá-las.  Por isso dissemos anteriormente , na comparação entre normas morais e normas jurídicas , que o comportamento moral caracteriza-se essencialmente pela livre escolha do indivíduo. Portanto, a liberdade é a base da conduta moral. Em sua relação com a sociedade , o indivíduo pode reafirmar e consolidar a moralidade existente. Mas pode também negá-la e, dessa forma , contribuir para a transformação dessa moralidade. Assim, podemos caracterizar essa relação entre sociedade e indivíduo como dialética , ou seja , de mútua influência entre dois polos , em que :

¤de um lado, o indivíduo , um ser singular , é levado pela educação à universalidade expressa nos costumes e normas morais. Isso significa que cada indivíduo assimila os princípios morais consolidados como próprios do ser humano até então;

¤de outro, os indivíduos , não assimilando passivamente esses princípios , podem contestá-los ou interferir em sua formulação, de acordo com as novas condições histórico-sociais , e acabar por transformar as normas e costumes morais.

Interesses Político e Econômicos


O que define a finalidade da pesquisa científica ? Apenas o bem-estar social e a emancipação do ser humano, como geralmente se crê, ou há outros interesses? Os cientistas envolvidos na construção da bomba atômica , por exemplo, não detinham o controle de seu uso. O físico estado-unidense Julius Robert Oppenheimer (1904-1967), diretor do centro de pesquisas nucleares de Los Alamos durante parte  dos trabalhos relativos a tal projeto , redigiu uma declaração na qual revelou sua ignorância política , ou seja , o desconhecimento do uso previsto para suas pesquisas. Também é sabido que muitos países dependem economicamente da indústria armamentista , responsável por grande parte do produto interno bruto mundial .  Isso estimula o investimento de mais recursos nesse tipo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico , em detrimento de outros , pois estão envolvidos interesses de dominação política e econômica. Levando tudo isso em consideração, percebemos que a ciência também está atrelada a outros interesses que norteiam sua própria ação. Desse modo, devemos ser cautelosos quando avaliamos o sentido e o valor dos conhecimentos científicos. A reflexão filosófica pode ajudar-nos nessa tarefa.

Paradigmas E Revoluções Científicas


Por sua vez , o estado-unidense Thomas Kuhn (1922-1996) , físico e filósofo da ciência , desenvolveu sua teoria acerca da história da ciência entendendo-a não como um processo linear e evolutivo , mas como uma sucessão de paradigmas que se confrontam entre si. Paradigma , em sua definição, é um conjunto de normas e tradições dentro do qual a ciência se move , durante um determinado período e em certo contexto cultural. No seu livro "A Estrutura das Revoluções Científicas" (1962) , Kuhn sustenta a tese de que a ciência se desenvolve durante certo tempo a partir da aceitação, por parte da comunidade científica , de um conjunto de teses , pressupostos e categorias que formam seu paradigma.  Em determinados momentos , porém , o paradigma se altera , provocando uma revolução que abre caminho para um novo tipo de desenvolvimento científico. Foi o que se deu , por exemplo, na passagem da física antiga à física moderna , ou ainda na passagem da física clássica (moderna) à física quântica. De acordo com Kuhn , é como se ocorresse uma nova reorientação da visão científica , na qual os elementos de uma problemas são inseridas em novas relações. Thomas Kuhn também faz a distinção entre ciência normal e ciência extraordinária :

¤Ciência Normal - é aquela que se desenvolve dentro de certo paradigma , acumulando dados e instrumentos em seu interior ;

¤Ciência extraordinária - é aquela que surge nos momentos de crise de um paradigma. Surge como nova ciência , questionando os fundamentos e pressupostos da ciência anterior e propondo um novo paradigma.

Conhecimento e Sabedoria


Por que dizemos "sabedoria" e não "conhecimento" ? Porque fazemos uma distinção entre os dois termos , entendendo a sabedoria como um passo a mais no conhecimento. Vejamos o que isso quer dizer. Conhecimento , em um sentido amplo e geral (que se diz , em filosofia , "lato sensu") , é a percepção ou consciência que se tem de algo. Por exemplo: o conhecimento de quem é fulano, o conhecimento do que disse beltrano ontem na TV , o conhecimento de como se chega a tal lugar etc. Trata-se de  uma consciência, digamos, "superficial" , fruto de uma experiência ou de uma informação recebida, que pode ou não estar equivocada. Já em um sentido mais específico e restrito (que se diz, em filosofia, "Stricto sensu"), conhecimento significa "consciência do que algo realmente é" (ou seja, da verdade), por oposição ao conhecimento ilusório ou enganoso.  Trata-se do que se sabe solidamente , de maneira fundamentada , como é o saber dos especialistas , pelo menos em princípio. É a "episteme" dos gregos. As diversas áreas da ciência buscam esse tipo de entendimento (aliás , o termo ciência , em sua raiz etimológica latina , significa "conhecimento").  Os filósofos também buscam o conhecimento "stricto sensu" . Aliás , foram eles que começaram a sistematizar essa busca há mais de 24 séculos , quando não havia separação entre filosofia e ciência. Foram eles que iniciaram esse processo de tentar explicar os fenômenos naturais e humanos sem o auxílio dos deuses e mitos , apoiando-se progressivamente na razão. Mas os filósofos procuravam igualmente um tipo de saber superior , um espécie de "conhecimento por detrás do conhecimento", bem como um "conhecimento que vai além do conhecimento" , que permite estar lúcido em meio ao turbilhão da existência. É esse conhecimento integrador , que conduz à vida boa , que damos nome de sabedoria.



Explorando o Senso Comum


Em nossa conversa diária com as pessoas é comum surgir uma série e explicações ou opiniões sobre os mais variados assuntos. Várias dessas ideias frequentemente conseguem um consenso, isto é , obtêm  a concordância da maioria do grupo. Muitas vezes acabam sendo transmitidas de boca em boca , ou de geração em geração. Outras vezes , divulgadas em jornais , revistas , rádio , televisão e internet , podem se tornar concepções amplamente aceitas por diversos segmentos da sociedade , sendo por isso consideradas "naturais" , " necessárias" , "verdades absolutas". Esse vasto conjunto de concepções geralmente aceitas como verdadeiras em determinado meio social recebe o nome de senso comum. O filósofo belga Chaim Perelmen (1912-1984) definiu o sendo comum como uma série de crenças admitidas por determinado grupo social que acredita serem compartilhadas por toda a humanidade. O senso comum reflete o entendimento médio, comum das pessoas. São usualmente generalizações , cuja origem ou fundamentação inicial perdeu-se de vista. Muitas das concepções do senso comum de um grupo social ou de um povo podem ser encontradas em frases feitas ou em ditados populares , como "Deus ajuda quem cedo madruga" , "Querer é poder" , "Filho de peixe peixinho é". Ou do tipo "Agosto é o mês do cachorro louco" e "Vitamina C é boa contra resfriado". Repetidas irrefletidamente no cotidiano, algumas dessas noções escondem ideias falsas , parciais ou preconceituosas. Outras , no entanto, podem revelar profunda reflexão sobre a vida - o que chamamos "sabedoria popular" - ou mesmo expressar conhecimentos científicos popularizados.  Verifica-se frequentemente que , nas noções do senso comum, os modos de consciência encontram-se emaranhados , formando uma aglutinação acrítica (sem exame crítico) de juízos provenientes tanto na intuição como do campo racional ou religioso.  Juízo: Proposição que afirma ou nega algum predicado de um sujeito constituindo uma  opinião ou julgamento sobre algo. Assim , o que caracteriza basicamente as convicções pertencentes ao senso comum não é sua verdade ou falsidade : é a falta de fundamentação, no sentido de que as pessoas não costumam saber o porquê dessas noções. Simplesmente as repetem irrefletidas e automaticamente , pois é assim que pensa o grupo social ao qual pertencem. Trata-se , portanto, de um conhecimento adquirido sem um exame crítico , isto é , sem que se busquem os fundamentos e a validez do que se diz.


sábado, 27 de abril de 2019

Oersted E Os Fenômenos Elétricos e Magnéticos


No seculo XIX , o pesquisador dinamarquês, nascido numa pequena ilha do Báltico , Hans Christian Oersted (1777-1851) publicou em 1813 um ensaio no qual descrevia a possível relação entre os fenômenos elétricos e os magnéticos . Posteriormente , numa das suas aulas experimentais , realizou o que poderíamos considerar como a primeira demonstração prática dessa relação. Ao aproximar uma bussola de um fio percorrido por corrente elétrica , verificou que a agulha realizava um movimento , posicionando-se num perpendicular ao fio. Oersted, ao fazer a demonstração de seu experimento , despertou grande interesse entre os pesquisadores. Embora alguns aleguem que a descoberta de Oersted foi acidental , o fato é que ela representa um dos primeiros passos para o avanço da ideia de unificar as teorias sobre os fenômenos elétricos e magnéticos.

Ciclóstomos

Ciclóstomos e peixes são vertebrados exclusivamente aquáticos . A classe dos ciclóstomos é representada pelas lampreias e feiticeiras , os vertebrados mais simples, desprovidos de mandíbula (agnatos , a = negação , privação + gnato= mandíbula) . Já os peixes são tratados não como uma única classe , mas duas , os condrictios e os osteíctios. Eles são mandibulados (gnatostômios) e constituem o maior grupo de vertebrados , com mais de 21 mil espécies. O nome ciclóstomo significa boca circular , referindo-se ao amplo funil bucal com o qual se prendem aos animais que parasitam , especialmente peixes.  Os ciclóstomos têm o corpo alongado , serpentiforme , que chega a 1 m e é semelhante ao das enguias - estas , verdadeiros peixes. Eles não têm escamas e não possuem nadadeiras pares. Logo atrás dos olhos , são bem visíveis os poros ou fendas branquiais , por onde sai a água que passou pelas lâminas branquiais , respiratórias , localizadas no interior de bolsas ligadas por canais à porção anterior do tubo digestório. A notocorda estende-se da cabeça à cauda ; junto a ela há pequenas peças cartilaginosas - as vértebras primitivas - dispostas como arcos incompletos ao redor da medula espinal. Outras peças de cartilagem formam placas ao redor do encéfalo e também na região branquial. As lampreias são de sexos separados. Na época da desova , migram do mar para os rios. A fecundação é sempre externa : as fêmeas põem os ovos no fundo do rio e os machos lançam seu líquido seminal sobre eles , fertilizando-os. As larvas, muito simples, chamadas amocetes , lembram o anfioxo em muitos aspectos.  Permanecem um ano ou mais nos rios , onde crescem , e depois migram para o mar , completando aí sua metamorfose. Elas apresentam dentes córneos , raspadores , no funil bucal e na superfície da língua. Com eles , perfuram a pele de peixes e se alimentam do sangue e de outros tecidos moles.

Principais Características do Mercantilismo


O mercantilismo consistia numa política econômica com as seguintes características fundamentais :

+ Metalismo : A riqueza de um país era medida em função da quantidade de metais nobres (que ouro e prata) que possuía em seus cofres . 

+ Balança de Comércio Favorável : O país devia exportar mais e importar menos. Em caso outras palavras , devia vender mais produtos e com grandes lucros , procurando comprar menos e com preços baixos.

+ Protecionismo : Os países incentivaram a produção interna. de produtos que pudessem concorrer vantajosamente no mercado exterior . Protegendo seus produtos , os Estados estimulavam a saída de artigos de seus interesses e dificuldades a importação de produtos concorrentes. 

+ Intervencionismo estatal : Para realizar a política mercantilista , o Estado passou a intervir significativamente na vida econômica . A intervenção do Estado deu-se por diversos meios : fixação de tarifas alfandegárias , estímulo às empresas manufatureiras , controle sobre os preços e sobre a quantidade das mercadorias , conservação do monopólio colonial. 

Desenvolvendo a Consciência Crítica


Ter em conta os limites do senso comum é muito importante para desenvolver uma consciência filosófica , para não cair na armadilha das opiniões e das aparências. Veja um exemplo : de forma intuitiva , não aparece haver nenhum problema com a noção de que o Sol nasce a leste , cruza o céu diurno e se põe a oeste. Todos podem comprovar esse fenômeno , que é uma experiência permanente e universal. Só que os astrônomos sabem - e a gente aprende desde cedo na escola - que isso é aparente : na verdade é a Terra que gira em torno de seu eixo no movimento de rotação de oeste a leste , dando a impressão de que é o Sol que se move . De fato , somos "nós" que giramos enquanto o Sol está lá , no centro de nosso sistema planetário. Assim, esse sendo comum está errado , e você deve pôr para trabalhar sua consciência crítica a fim  de não cair na tentação de defender ideias "tão óbvias" como essa sem buscar uma boa fundamentação para elas.   Ocorre , no entanto , que a consciência crítica tende a ser , como dissemos . Crítica de si mesma. Ou seja , ela percebe que é possível relativizar a importância dada à visão astronômica do fenômeno (consciência racional) para ver se é possível resgatar o valor da vivência direta (consciência intuitiva). E , ao menos nesse caso, consegue. Apesar de a explicação astronômica ( a teoria ser incontestável , na prática (que se diz práxis no jargão filosófico) o que nós percebemos e vivemos diariamente é o Sol movimentando-se de leste para oeste , e é isso o que interessa em nossas vidas cotidianas , de modo geral. Para buscar a melhor insolação e decidir o posicionamento de uma casa , por exemplo, é mais útil saber o lado em que o Sol "nasce" do que o lado para o qual a Terra gira , embora uma coisa se explique a outra. Isso quer dizer que , de outra perspectiva , o senso comum está correto .  Há noções do senso comum que , do ponto de vista da práxis , podem ser tão proveitosas quanto as do meio científico , dependendo do contexto.

Filosofia | Da Consciência Crítica à Sabedoria


Agora você já tem uma compreensão mais profunda e abrangente do que é a consciência , embora esse tema , dada sua complexidade , carregue sempre consigo uma boa dose de mistério. Podemos passar então , mais detidamente , a caracterizar a consciência filosófica - contida no ato de filosofar - e mostrar como ela pode ajudá-lo ou ajudá-la a se tornar uma pessoa mais consciente e conduzir sua vida de forma mais sábia e feliz. Mas lembre-se de que o esforço é todo seu e deve ser constante em toda a sua vida. Os primeiros passos nesse sentido se referem a uma mudança de atitude ,  no sentido de incorporar as práticas do estranhamento, da dúvida , do questionamento e do diálogo à sua maneira de observar e se relacionar com o mundo. Trata-se de desenvolver a atitude filosófica . A atitude filosófica está fundada predominantemente no modo de consciência racional , como acabamos de ver , porém de forma mais específica naquilo que se denomina senso crítico ou consciência crítica - crítico no sentido de que julga e avalia uma ideia com cuidado e profundidade, buscando suas origens , coerência e profundidade, buscando suas origens , coerência , âmbito de validez, limites , entre outros detalhes. A consciência filosófica é uma consciência crítica por excelência , pois trata de não deixar nada fora de seu exame , nem mesmo a própria consciência. Para desenvolver o senso crítico , você pode começar pela tentativa de identificar as noções de sendo comum em sua vida .

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