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quinta-feira, 4 de julho de 2019

A Doença de Chagas (Tripnossomíase)


É causada por um protozoário flagelado normalmente encontrado no sangue de vários animais , como tatus , tamanduás , gambás , raposas e cutias . Esses animais são chamados de reservatórios naturais do tripanossomo. O cientista brasileiro Carlos Chagas iniciou , em 1909 , os estudos que o levaram a descobrir sozinho , os principais fatos relativos ao ciclo biológico do parasita Trypanosoma Cruzi ( "Cruzi" em homenagem ao dr. Oswaldo Cruz) . Chagas descobriu não somente o agente causador da doença (etiológico) , como também  o inseto transmissor e os reservatórios naturais desses protozoários ; além disso, descreveu os sintomas da doença no ser humano.  O inseto hematófago (que se alimenta de sangue) do gênero Triatoma , popularmente conhecido como barbeiro ou chupança , esconde-se em buracos no chão , nas paredes e entre a palha de cobertura das casas de pau-a-pique. Durante a noite , ele pica geralmente o rosto das pessoas e aí defeca. Nas suas fezes são comuns as formas infestantes do T.Cruzi, que podem penetrar na pele quando a pessoa coça o local da picada , causando pequenas escoriações . Nessa região surge um edema característico , chamado chagoma, indicando a lesão inicial. Atingindo o sangue , o T. Cruzi circula pelo corpo, instalando-se no tecido muscular , especialmente do coração.  Na fase crônica , o principal sintoma é a miocardite , que leva a pessoa à morte por insuficiência cardíaca. No interior das fibras musculares , o T.Cruzi se apresenta sob a forma esférica, sem flagelo e em ativa reprodução assexuada por cissiparidade. Daí, já com a forma típica , flagelada, passa em grande número para a circulação periférica do doente. Este , ao ser picado pelo Triatoma , transmite-lhe o parasita , que se reproduz intensamente por divisão longitudinal (cissiparidade) no intestino do inseto. Depois de alguns dias , o barbeiro passa a apresentar nas fezes as formas infestantes do T. Cruzi. Infelizmente , essa parasitose ainda é incurável , embora sua profilaxia seja teoricamente simples, bastando a construção de casas de alvenaria para impedir o refúgio do barbeiro. É ainda importante a manutenção de programas regulares de pulverização de inseticidas nas casas das regiões endêmicas. A dificuldade de erradicação é mais um problema socioeconômico do que propriamente médico.

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