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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Caso Queiroz : A Maior Vergonha Do Governo Bolsonaro



•Fabrício Queiroz foi assessor e motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL) enquanto este era deputado estadual. 

•Queiroz movimentou R$ 1,2 milhões em sua conta , que foi considerado um episódio atípico de acordo com o Conselho de Atividades Financeiras  , o COAF.  No mesmo momento quando o assunto começou a tomar conta na internet , o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu um procedimento investigatório para apurar este episódio e depois foi suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF) em 17 de janeiro sendo que quem pediu o fim das investigações foi o Flávio Bolsonaro. Essas investigações possuíam um relatório do COAF que apontava operações bancárias de 74 servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro  e que estas eram consideradas suspeitas. A movimentação de 1,2 milhões foi entre janeiro de 2016 e  janeiro de 2017 com inclusão de depósitos e cheques. Queiroz começou amizade com a família Bolsonaro nos anos 80 e Flávio pode ser visto junto a ele nas imagens publicadas em redes sociais. Uma delas mostra Queiroz e Bolsonaro pescando.  Bolsonaro não negou a amizade que tinha com Queiroz  quando estava numa coletiva de imprensa num evento da Marinha e naquela ocasião ele afirmou que tinha amizade com o ex-motorista há muitos anos e já fez auxílio em forma de empréstimos algumas vezes. Segundo o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Queiroz devia $40 mil. 


Ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro fez movimentação em uma conta com o total de R$ 1.236.838 entre 1° de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017 e durante isso , de acordo com o apontamento da COAF , sacou em dinheiro um total de R$ 324.774 e também teve R$ 41.930 com cheques compensados. Durante aqueles dias a ex-secretaria parlamentar e atual Primeira Dama, Michele de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro também foi favorecida ao receber cheque no valor de R$ 24 mil. O Presidente Jair Messias Bolsonaro afirmou que "ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal" enquanto estava justificando o escândalo ao negar qualquer irregularidade nos depósitos realizados na conta de sua esposa . Houve também as ausências de Queiroz nas audiências quando o mesmo era aguardado para prestar depoimento no MP com relação às suas movimentações bancárias duvidosas. Aquela foi a primeira vez que ele não compareceu e seus advogados falaram que "não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação" e também solicitaram cópias dos documentos. Também informaram que  Queiroz estava em uma "inesperada crise de saúde". Além disso, eles informaram que dois dias depois o Queiroz iria comparecer ao depoimento. O resultado disso foi mais uma ausência de Queiroz , deixando os promotores esperando. O advogado do ex-motorista e ex-assessor foi à sede do Ministério Público e informou que seu cliente foi  internado "para realização de um procedimento invasivo com anestesia".  


No dia 26 de dezembro ocorreu a primeira entrevista de Queiroz no SBT afirmando que ele era "um cara de negócios"  e que sempre comprava e revendia carros. 

Em Janeiro de 2019 houve a  internação  de Queiroz no Hospital Albert Einstein (São Paulo) onde ele foi submetido a uma cirurgia com o objetivo de retirar um tumor maligno no intestino. Tempos depois um vídeo viralizou na internet e este mostrava Queiroz  dançando no Hospital Albert Einstein enquanto estava tomando soro.

O caso Queiroz ficou mais obscuro quando o senador Flávio Bolsonaro não compareceu aos depoimentos que teria de prestar ao Ministério Público quando foi convidado pelos promotores para explicar sobre a movimentação atípica de funcionários no seu gabinete enquanto estavam na ALERJ. Outra situação foi em 14 de janeiro quando Eduardo Gussem , o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro , disse que não precisaria ouvir os depoimentos do senador Flávio Bolsonaro  e seu ex-assessor , o Queiroz, para apresentar uma denuncia de movimentações suspeitas e que a investigação era baseada em "provas documentais consistentes" sendo que os depoimentos seriam para apresentar as versões das defesas dos acusados. 

Em 17 de Janeiro, o Ministro Luiz Fux, do STF,  mandou suspender de maneira provisória o procedimento de investigação feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para averiguar movimentações feitas pelo Queiroz  sendo que o ministro atendeu um pedido de Flávio Bolsonaro. 

Para se defender, o Ministro  alegou  que apenas enviou o caso para Marco Aurélio Mello, o relator, e que se não tivesse feito isto , as provas seriam perdidas. Depois desses acontecimentos , o Jornal Nacional teve acesso , com total exclusividade , a uma parte do relatório do COAF  sobre as movimentações atípicas de Flávio Bolsonaro e observou que em 1 mês foram 48 depósitos numa conta do atual senador - fazendo um total de R$ 96 mil.


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