Joesley Batista afirmou ter feito pagamento de R$ 2 milhões ao deputado Aécio Neves e sua irmã durante o ano de 2017. A Justiça Federal de São Paulo validou uma denuncia estabelecida pelo ex-procurador geral da República Rodrigo Janot ao STF que vai contra o deputado Aécio Neves transformando o ex-candidato à presidência em 2014 num réu por corrupção passiva e tentativa de obstrução judicial das investigações da Lava Jato. Andréa Neves , irmã de Aécio Neves , também foi acusada de corrupção passiva junto a um primo do Aécio e um assessor parlamentar do deputado. É dito que Aécio teria prestado favores políticos a Joesley . O STF já bloqueou R$1,7 milhões em bens do congressista no mês de março . Após o Supremo decidir que o foro por prerrogativa de função dos parlamentares refere-se apenas a crimes realizados no cargo em função dele, o caso saiu do STF e foi transferido para São Paulo visto que Aécio na época era senador e, atualmente, é deputado federal. O juiz federal João Batista Gonçalves , que pertence a vara de São Paulo, especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro , determinou que Aécio e os outros réus fossem intimados para responderem à acusação. A denuncia também afirma que Aécio Neves já tentou impedir e confundir as investigações da Lava Jato quando "empreendeu esforços para interferir na distribuição dos inquéritos da investigação no Departamento de Polícia Federal , com objetivo de escolher delegados da polícia que provavelmente poderiam assegurar o impedimento ou confusão à persecução de crimes contra altas autoridades políticas do país". As colaborações afirmam que Aécio trabalhou intensamente por trás do Congresso Nacional com intenção de aprovar medidas legislativas para impedir ou embaraçar a apuração e a efetiva punição de infrações penais que estavam ligados a organização criminosa. A defesa de Aécio diz que vai provar que o deputado foi vítima de ação criminosa.
