O histórico da senadora Gleisi Hoffmann não é diferente de muitos políticos filiados ao Partido dos Trabalhadores no sentido de que ela faz parte daqueles que são denúnciados por algum tipo de corrupção.
Durante o ano de 2018, a senadora se tornou ré em um processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal e acumulou mais duas denúncias e um inquérito para investigar as irregularidades nessa trajetória pública. No caso mais recente , antes das eleições presidenciais de 2018, foi a investigação sobre a conduta dela perante o Ministério do Planejamento . A Polícia Federal passou a investigar esquema que envolvia a empresa Consist, contendo empréstimos consignados no âmbito daquela pasta, levantando que esta empresa fazia pagamentos a políticos pela obtenção dos contratos de empréstimos. A Polícia Federal estimou que Gleisi recebeu um total de R$ 1 milhão da Consist por meio do escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves além de outros R$ 300 mil repassados por este mesmo escritório pela TAM. Os investigadores acreditavam que esse repasse da TAM serviu como um caixa dois para as campanhas de Gleisi Hoffmann. Gleisi também foi acusada de solicitar e receber R$ 1 milhão de esquema de corrupção na estatal Petrobrás para favorecer a sua campanha ao Senado durante o ano 2010. E , para o MPF, quando Paulo Roberto Costa era diretor de Abastecimento da Petrobrás , solicitou quantias ilícitas de empresas que tinham interesse em celebrar contratos com a estatal sendo que o repasse era administrado pelo doleiro Alberto Youssef. De acordo com o MPF , Costa fazia esta atividade para garantir sua permanência no cargo da estatal quando contava com a influência de Gleisi e de outro político que era ministro na época. A acusação diz que esse ex-ministro , o Paulo Bernardo, fazia pedido a Paulo Roberto Costa e o empresário Ernesto Kugler teria recebido a propina através de 4 entregas , cada uma de R$259 mil. Nesta denúncia , Gleisi e os demais acusados tinham plena ciência da origem do dinheiro recebido e estes réus estavam respondendo pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Outra denúncia nas costas da Gleisi Hoffmann foi no final de abril de 2018 no âmbito da delação da Odebrecht . De acordo com a denuncia , essas irregularidades estavam ligadas à promessa de doação de U$$ 40 milhões da Odebrecht feita para Lula em troca de decisões políticas que beneficiassem a empresa e que uma parte desse valor foi destinado à campanha de Gleisi ao governo do Paraná, isso em 2014. Rodrigo Janot, o ex-procurador-geral da República , antes de sair do cargo, apresentou a denúncia contra integrantes do PT por formação de quadrilha . Desta vez, Gleisi Hoffmann e seu marido, Paulo Bernardo, foram acusados de cobrarem propina dentro do Ministério do Planejamento e que este esquema teria movimentado em torno de r$ 7 milhões . Na denúncia, Gleisi e Paulo Bernardo ainda teriam fornecido suporte ao esquema do partido através dos ministérios que eles comandaram nas gestões petistas - Ex.: Planejamento , Comunicações e Casa Civil.
