Quando ainda era presidente , Dilma Rousseff realizou 3 viagens em três meses com destino a países africanos carregando o objetivo de participar do encontro da União Africana , na Etiópia, e assim poder celebrar os 50 anos da instituição . Ali mesmo ela anunciou que perdoaria as dividas de 12 países africanos dos quais tinham débitos com o Brasil. Entre estes países tinha a Tanzânia , que carregava uma dívida de U$$ 237 milhões aos cofres brasileiros . Também tinha Zâmbia , que possuía uma dívida de U$$ 113 milhões para ser quitado ao Brasil . Os que tinham as maiores dívidas com o Brasil eram o Congo-Brazzaville, que carregaram débitos estimados no valor de U$$ 350 milhões . Naqueles dias de 2014, os números apontavam que as transações econômicas entre África e Brasil haviam quintuplicado nas últimas décadas e assim foi confirmado que o valor da transação chegaria a mais de 26 bilhões em 2013.
" O sentido dessa negociação é o seguinte : se eu não conseguir estabelecer negociações , eu não consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimentos, de financiar empresas brasileiras nos países africanos e também relações comerciais que envolvam maior valor agregado. Então tudo é uma mão dupla : beneficia o país africano e beneficia o Brasil", disse Dilma quando ainda era presidente da República do Brasil.
Além dos países já citados acima , Senegal, República Democrática do Congo, Costa do Marfim República da Guiné, São Tomé e Príncipe , Gabão , Mauritânia, Guiné Bissau e Sudão também foram nações beneficiadas pelo perdão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Naqueles tempos , a sede do Brasil era alvo de questionamentos e críticas no que dizia respeito a atuação de empresas brasileiras que atuavam no continente africano . A "Africa Press" disse que o aumento da ação de empresas brasileiras no continente poderia sujar a "marca" do país na região . O texto do instituto dizia :
"Agentes privados com agendas distintas estão se tornando cada vez mais visíveis, e há risco de que isso prejudique o projeto político do Brasil de se retratar como um parceiro que sempre prioriza o benefício mútuo num espírito de cooperação e igualdade"
Um exemplo disso ocorreu quando centenas de manifestantes bloquearam o acesso a uma mina de carvão da Vale sendo que este grupo era formado por trabalhadores que diziam não ter recebido toda a indenização que haviam feito num acordo com a empresa após serem realojados com o início dos trabalhos da mina . Isso ocorreu em Moçambique. Já em Angola, quem enfrentou problemas foi outra empresa nacional , a Odebrecht. Ativistas costumavam criticar essa construtora por realizar negócios com políticos locais. A empresa negou ilegalidades.