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segunda-feira, 8 de julho de 2019

A Queda Da Bastilha : Homens e Mulheres Dançando Nas Ruas


As eleições agitaram o país . Mesmo entre aqueles que não tinham direito de voto havia muita esperança de liberdade, de solução da crise e de diminuição do desemprego. Começava a se desenhar um confronto entre as ordens privilegiadas do clero e da nobreza, de um lado, e o terceiro estado, de outro. 5 de maio de 1789: Assembleia dos estados gerais deu início aos trabalhos . A nobreza, buscando controlar Assembleia insistiu em que cada estado se reunisse separadamente  desse seu voto enquanto  Estado, ou seja, contando com a união clero nobreza, que inviabilizaria qualquer mudança. O Terceiro Estado, os "comuns" , percebendo a manobra, propôs a reunião coletiva e o voto de cada membro da assembléia . Ele contava com cerca de 610 delegados, enquanto a nobreza e o clero juntos tinham um número semelhante, mas, com apoio de padres e nobres que simpatizavam com suas posições, teria maioria. Clero e nobreza, claro, recusaram-se a deliberar em conjunto com os "comuns" . Em 10 de junho, o terceiro estado convidou o clero e a nobreza a formarem uma assembleia. Se não aceitassem, realizaria sozinho a reunião. Sem respostas dos nobres, em 17 de junho, declarou-se uma assembleia nacional . Em 20 de junho, encontrando fechada a sala onde se reuniam, seus deputados transferiram-se para um recinto próximo e prometeram não suspender a reunião enquanto não tivesse sido redigida uma constituição para a França .  Luís XVI , ameaçado pela população de Paris, que apoiava a atitude dos deputados do terceiro estado, acabou cedendo e, em 27 de junho, ordenou a nobreza e ao clero que se juntassem a assembleia nacional. Foi o início do processo revolucionário. Os nobres, reconhecendo a tensão social que ameaçava a sua posição, uniram-se ao Rei numa tentativa de esmagar a assembleia nacional. Luís XVI  organizou a defesa militar contra os revolucionários. À essa altura, levantes populares em Paris e nos campos evidenciavam o apoio popular à burguesia. Em 14 de julho, entre 800 e 900 parisienses reuniram-se e tomaram a Bastilha, prisão e símbolo do absolutismo. A queda da Bastilha repercutiu em todo o país. Alguns nobres fugiram do país; o rei, aterrorizado, retirou as tropas que cercavam Paris. Como afirma o historiador Eric Hobsbawm, "quando a Bastilha cai, os critérios normais do que é possível sobre a terra são suspensas, e homens e mulheres dançam nas ruas".

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