No início do século XVI, o poderio dos ibéricos impunha-se sobre todos os estados reinos e sociedades do mundo. A Espanha, detentora de um império "onde o sol jamais se punha" , destacava-se como a maior potência da época, reunidos sob a mesma dinastia vastos domínios na Europa e na América, extraindo toneladas de metais preciosos de suas minas no México e no peru, e de regiões da Hungria, Boêmia e Silésia. Os portugueses conquistaram mercados e diversas possessões na África, na Ásia e na América. Interessados no rico comércio de especiarias , até 1530 demonstraram pouco interesse pelas terras Americanas onde se limitaram a estabelecer pequenas fortificações próximas a portos naturais denominadas feitorias, que se destinavam a facilitar o armazenamento e o embarque do pau-brasil. A hegemonia e Ibérica durou apenas até a primeira metade do século XVII. As transformações ocorridas a partir de então não afetaram a posição de destaque social da nobreza e do clero. Pelo contrário, a aristocracia ibérica foi fortalecida com os novos rendimentos e atividades. Com isso, a maior parte da riqueza que circulava pela península era empregada segundo os valores e a mentalidade desses grupos sociais.
