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quinta-feira, 21 de março de 2019

Transitoriedade Das Teorias Científicas


A ciência propõe-se atingir conhecimentos precisos , coerentes e abrangentes. Caracteriza-se por tentar, deliberadamente , alcançar resultados que o senso comum , por suas condições, não pode normalmente alcançar. O  estudo  da história das ciências revela , no entanto , que inúmeras teorias científicas que , por algum tempo, reinaram como absolutamente sólidas e corretas mais tarde foram refutadas , sendo modificadas ou substituídas por outras. Por exemplo, durante séculos e séculos , o mundo ocidental acreditou, de forma inabalável , que a Terra fosse o centro do universo. Entretanto, Nicolau Copernico , com a obra "Da revolução das esferas celestes" , publicada no ano de sua morte, 1543, demonstrou que a Terra se movia em torno do seu próprio eixo e ao redor do Sol. Era a teoria heliocêntrica, que refutava o geocentrismo de Ptolomeu. Isso significa que os conhecimentos científicos não são inquestionavelmente certos, coerentes e infalíveis para todo o sempre. É como se tivessem certas "condições de validade". Essa permanente possibilidade de que uma teoria científica seja revista ou corrigida por uma outra pode conduzir à noção pessimista de que a ciência fracassou no seu propósito ou perdeu sua razão de ser. Ou, ainda , à posição cética de que todos os conhecimentos científicos  são crenças passageiras que serão condenadas no futuro. No entanto, existe certo consenso entre os defensores da ciência a respeito de que , embora as teorias científicas possam ser refutadas , reformuladas ou corrigidas , a ciência cumpre sua função enquanto tem "êxito no seu propósito de fornecer explicações dignas de confiança , bem fundadas e sistemáticas para numerosos fenômenos" (Nagel , Ciência : natureza e objetivo , em Morgen Besser , Filosofia da Ciência , p. 18).  Para alguns , seu papel seria justamente o de construir um conhecimento continuamente progressivo.



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