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domingo, 31 de março de 2019

Direito Divino de Governar


Na Idade Média , com o desenvolvimento do cristianismo e o esfacelamento do império romano, a Igreja consolidou-se , primeiramente , como um poder extra político. Santo Agostinho , por exemplo, separava a Cidade de Deus - a comunidade cristã - da cidade dos homens - a comunidade política. Mas depois, ao longo da Idade Média e em parte da Idade Moderna , ocorreu uma aliança entre o poder eclesiástico e o poder político . E como a Igreja Católica entendia que todo poder pertence a Deus , surgiu a ideia de que os governantes seriam representantes de Deus na Terra. O rei passou, então , a ter o direito divino de governar. Assim, embora a relação entre o poder temporal dos reis e o poder espiritual da Igreja tenha sido um grande problema durante a Idade Média , de forma geral persistiu o elo entre a ideia do governante como representante de Deus , bem como a ideia de monarquia como a forma política mais natural e adequada à realização do bem comum. No entanto, as principais formulações teóricas em defesa do direito divino dos reis surgiriam somente na época moderna , propostas por Jacques Bossuet (1627 - 1704) e Jean Bodin .

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