Quase tudo no Império Bizantino tinha a ver com religião : a política , a diplomacia , a arte e o cotidiano de seus habitantes. O imperador considerava-se o intérprete infalível da vontade de Deus e seu representante na Terra. Era a maior autoridade nos assuntos terrenos (Justiça , guerra , administração) e nos religiosos. Era ele , por exemplo , que escolhia o patriarca , o cargo mais alto na Igreja local. A escolha devia ser feita a partir de uma lista tríplice proposta pelos bispos. Mas , às vezes , o imperador recusava os três nomes apresentados e indicava uma quarta pessoa , por ser ela de sua inteira confiança. O patriarca , a maior autoridade depois do imperador , era também auxiliar e conselheiro do governo. Por isso se diz que o Império Bizantino era uma teocracia - do grego "theo" (Deus) , "kratia" (governo). Para os bizantinos , a autoridade , vinda de Deus , devia ser exercida pelo imperador na Terra.